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Abertura de capital da Avianca não está descartada, diz presidente

Segundo José Efromovich, empresa aguarda consolidação de mercado para tentar sua estreia na bolsa de valores

Por Talita Fernandes
15 jan 2014, 07h21

Em um momento de dificuldades para as empresas aéreas que atuam no Brasil, a Avianca avalia a possibilidade de estrear na bolsa de valores – destino evitado pela concorrente Azul, que alegou “condições ruins de mercado” para explicar a desistência de sua abertura de capital. Em entrevista ao site de VEJA, o presidente da companhia, José Efromovich, disse não haver impeditivos para um IPO (sigla em inglês para oferta inicial de ações). “Por que não? Não tem nada programado para o curto prazo, mas não temos nada contra. É possível.”

Efromovich disse que, para que isso aconteça, depende de uma “consolidação da empresa no mercado”. A Avianca começou a operar no Brasil em 2010, quando a marca substituiu a antiga Ocean Air, e, desde então, tem operado no vermelho. A expectativa da companhia é de registrar lucro em suas operações no país pela primeira vez em 2014. Contudo, o executivo explica que a expectativa de consolidação vai além. “Consolidar-se se traduz em resultado no azul, sim. Mas queremos ter uma massa crítica mínima. Vai depender de quanto a gente quer crescer e de quanto de capital a gente precisa para tomar essa decisão no mercado. E essa decisão ainda não existe.”

O crescimento almejado pela empresa pode vir do plano de aviação regional, anunciado pelo governo no início do ano passado como se fosse a salvação do setor aéreo. A intenção inicial era usar os 7,3 bilhões de reais do Fundo Nacional de Aviação Civil (Fnac) para ampliar e reformar 270 aeroportos pequenos, além de subsidiar rotas regionais não-lucrativas para empresas aéreas. Até o momento, o plano está parado. Efromovich, contudo, está confiante. “Esperamos entrar na aviação regional assim que o governo fizer o anúncio. Estamos empenhadíssimos e prontíssimos”, afirmou.

Enquanto o plano não vem, a empresa afirma estar se preparando para crescimentos de dois dígitos – pelo menos na oferta, cuja previsão é de alta de 19% em 2014. Segundo a empresa, essa ampliação será conquistada com a substituição de aeronaves, na expectativa dos estímulos prometidos pelo governo para a expansão das malhas regionais. “Vamos retirar aviões Fokker e substituí-los por aviões com capacidade para 164 passageiros, do modelo Airbus 320”, explica Efromovich, que também negocia aquisições de aviões da Embraer.

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Mercado financeiro – Entre as quatro principais aéreas brasileiras, apenas a TAM e a Gol são listadas na BM&FBovespa. Em 2013, a companhia Azul/Trip chegou a pedir autorização pra IPO, mas acabou desistindo devido ao momento ruim do mercado. As companhias têm registrado prejuízo semestre após semestre diante do aumento de custos de operação no país, devido à variação cambial e ao preço elevado do querosene de aviação, que representa cerca de 40% das despesas das aéreas. Por meio da Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear), essas quatro empresas estão negociando um pacote de ajudas com o governo – plano que foi discutido ao longo de 2013, mas ainda não avançou.

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