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Trump chama Fed de louco, mas nega demitir presidente do BC americano

Taxa de juros dos Estados Unidos passou de 0,5% ao ano para mais de 2% ao ano desde o início de 2017

Por Redação
Atualizado em 11 out 2018, 15h41 - Publicado em 11 out 2018, 13h59

Após chamar a política monetária do Federal Reserve (Fed), o banco central americano, de “louca” e “ridícula”, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou, nesta quinta-feira, 11, que deve manter o presidente do órgão, Jerome Powell.

“Não vou demiti-lo”, disse a jornalistas na Casa Branca. “Apenas estou decepcionado com o aperto [monetário]. Acho que está muito rápido, muito rígido”, afirmou.

Desde o início de 2017, o Fed vem elevando as taxas básicas de juros da economia americana. À época, as taxas estavam próximas de 0,5% ao ano e, agora, já passam de 2% ao ano. Além disso, o Fed deu indicações de que pode voltar a elevar os juros em breve. Autoridades do Fed, incluindo Powell, que foi escolhido por Trump, disseram que não serão influenciados por comentários de autoridades eleitas e tomarão decisões com base em dados econômicos.

Os dados, inclusive, têm garantido aumentos constantes nas taxas, um sinal da perspectiva do Fed de que a economia se recuperou completamente da crise financeira de 2007 a 2009. Apesar do aperto monetário, a taxa de juros de curto prazo do Fed permanece baixa pelos padrões históricos, e as condições financeiras ainda são consideradas frouxas e propícias ao crescimento econômico.

O rendimento do título de 10 anos do Tesouro norte-americano subiu para cerca de 3,1% em comparação com cerca de 2,1% no ano passado.

As taxas de juros gradualmente crescentes, dizem as autoridades do Fed, buscam evitar um aumento rápido da inflação, enquanto permanecem baixas o suficiente para que a recuperação econômica e a forte geração do emprego continuem.

“Louco”

Apesar de negar a possibilidade de demitir Powell, ele reafirmou suas críticas contra o Federal Reserve nesta quinta. “O Fed está ficando louco.” Segundo Trump, a política de juros da autoridade monetária norte-americana é “ridícula” e está tornando mais caro para seu governo financiar o seu déficit crescente.

“Estou pagando juros a uma taxa alta por causa do nosso Fed. E eu gostaria que nosso Fed não fosse tão agressivo porque acho que eles estão cometendo um grande erro”, disse Trump em entrevista ao programa “Fox & Friends”.

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Este foi o seu segundo ataque contra o banco central dos Estados Unidos nas últimas 24 horas, após um queda em Wall Street parcialmente atribuída a investidores que se ajustaram totalmente aos aumentos constantes dos juros pelo Fed, e a um aumento em particular nos rendimentos dos títulos de longo prazo do Tesouro norte-americano, que são uma alternativa importante e mais segura ao investimento em ações.

Uma autoridade do Fed disse que o banco central não comentará as declarações do presidente.

Defesa

Líderes econômicos globais, incluindo o chefe do Fundo Monetário Internacional, Christine Lagarde, defenderam o Fed, observando que a independência da política monetária da influência de autoridades eleitas tornou-se um marco de governança econômica eficaz e ajuda a impedir que políticos usem dinheiro barato para seus próprios interesses.

Nas reuniões do FMI em Bali, Lagarde disse que “não associaria” o presidente do Fed, Jerome Powell, “à loucura”.

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Com Reuters

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