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Risco fiscal continua pesando nas bolsas e Ibovespa fecha no negativo

Bolsa brasileira fecha em queda de 1,10%. Investimento estrangeiro internacional continua sendo um apoio importante para o índice

Por Luisa Purchio Atualizado em 22 jan 2021, 14h20 - Publicado em 21 jan 2021, 19h22

Enquanto os mercados americanos continuam na semana em patamar positivo, a bolsa brasileira se manteve no ciclo de baixa, repetindo o mesmo movimento que ocorreu em 2019 e assustou os investidores: instabilidades políticas e risco fiscal. Com a proximidade da eleição para a Presidência do Senado e da Câmara dos Deputados, as declarações dos candidatos são ainda mais decisivas para a direção dos mercados. O Ibovespa amarga uma queda de 1,10% nesta quinta-feira, 21, fechando a 118.328,99 pontos, a menor pontuação desde dezembro.

Rodrigo Pacheco, candidato a presidente do Senado, foi um dos principais responsáveis por esta baixa por declarar que considera a extensão do auxílio emergencial e a flexibilização do teto de gastos do país, agora que há uma situação de “excepcionalidade”. A fala assusta o mercado porque o risco fiscal é determinando para atrair investimentos ao país. Nesse contexto, o dólar comercial fechou em alta de 0,98%, a 5,3631 reais.

“O Ibovespa ainda consegue se manter em um patamar alto graças aos investimentos estrangeiros”, diz Camila Abdelmalack, economista da Veedha. O cenário doméstico não é positivo para os investimentos, mas ainda há bastante espaço para o Ibovespa crescer porque levando em conta o valor do real em dólar, a bolsa brasileira ainda não recuperou o patamar pré-crise. Além disso, há ainda empresas brasileiras fortes que têm conseguido apresentar um bom resultado e crescimento. “O mundo todo está com uma taxa de juros baixa e esse pessoal vem para cá porque ainda há potenciais no Brasil”, diz ela.

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Até o dia 15 de janeiro, o investimento estrangeiro na bolsa foi de 18 bilhões de reais, muito abaixo do pico de 33,3 bilhões que ocorreu em novembro, mas ainda muito acima dos 2,9 bilhões de outubro. Com a eleição de Joe Biden e a onda azul nos Estados Unidos, o Brasil continua interessante para os estrangeiros porque o estímulo monetário e os juros baixos continuarão por um bom tempo por lá. As bolsas americanas, por exemplo, continuam crescendo como reflexo desta tendência. Hoje, a Nasdaq fechou em alta de 0,55% enquanto o Dow Jones e o S&P 500 encerraram praticamente no zero a zero, porém isto sucede altas meteóricas ocorridas ontem.

O Brasil ainda tem muito a se desenvolver para conquistar o valioso investimento internacional, mas para isso precisa resolver os seus problemas internos e apresentar uma imagem de país estável e seguro, onde se vale a pena aplicar o dinheiro.

 

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