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Relembre as últimas greves gerais convocadas por centrais sindicais

Sindicatos convocam paralisação para 14 de junho em protesto contra a reforma da Previdência; das últimas seis convocações, quatro tiveram pequena adesão

Por Da redação
Atualizado em 2 Maio 2019, 17h48 - Publicado em 2 Maio 2019, 15h45

Em ato unificado na última quarta-feira, 1º de Maio, as centrais sindicais marcaram uma greve geral para o próximo dia 14 de junho. A mobilização é contra a reforma da Previdência enviada pelo presidente Jair Bolsonaro e que tramita no Congresso Nacional.

Esse é o primeiro anúncio de greve geral anunciada para 2019, mas repete convocações semelhantes das centrais sindicais em manifestações contra as reformas. A última grande paralisação aconteceu em abril de 2017, quando os sindicatos e movimentos sociais protestaram contra reformas propostas pelo governo de Michel Temer: a trabalhista, que havia sido recém-aprovada, e a da Previdência, que estava no Congresso Nacional. Na ocasião, em 28 de abril, os manifestantes fizeram mobilização com adesão de grande parte dos sindicatos de transportes públicos de grandes cidades e capitais que impediram o deslocamento da população durante o dia.

Durante os anos Temer, as centrais marcaram diversas datas para greves como a de abril de 2017, mas sem o mesmo sucesso. Por discordâncias internas ou mesmo falta de adesão por parte de sindicatos, as paralisações ficaram restritas a atos políticos.

No ano passado, a greve dos caminhoneiros, que não era coordenada por nenhum sindicato, durou quase dez dias após ter sido desencadeada em protesto contra o aumento do combustível e o valor do frete. A  paralisação causou desabastecimento de combustível e alimentos em diversas regiões do país.


Veja as greves convocadas pelas centrais nos últimos anos

19 de fevereiro de 2017

O objetivo era convocar uma greve contra a reforma da Previdência, prevista para ser votada no Congresso na mesma semana. No entanto, no dia 16, o presidente da República na época, Michel Temer, anunciou a intervenção federal no Rio de Janeiro, que durou até dezembro. Pela lei, enquanto estiver ocorrendo uma intervenção federal, não podem ser votadas Propostas de Emenda à Constituição (PEC), caso das modificações na Previdência. Com isso, a paralisação perdeu força, e as centrais sindicais desistiram da greve. Muitas categorias, como professores e bancários, paralisaram em capitais por todo o país, mas a data não teve a capilaridade necessária para prejudicar o funcionamento das cidades.

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15 de março de 2017

O chamado Dia de Manifestações e Paralisações teve atos em todos os estados contra as reformas trabalhista e da Previdência convocados pela CUT, Força Sindical, UGT, CSB, CTB, NCST e Intersindical. Na ocasião, os dois textos tramitavam no Congresso: a reforma trabalhista estava prestes a ser votada pelo plenário da Câmara e a reforma da Previdência estava sendo trabalhada na comissão especial. A cidade mais afetada foi São Paulo, cujo transporte público parou durante a manhã. O então prefeito João Doria (PSDB) disse à época que 2,5 milhões de paulistanos foram afetados e pediu multa de 5 milhões de reais aos sindicatos. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva discursou na avenida Paulista contra as reformas e o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff.

28 de abril de 2017

Com a reforma trabalhista aprovada na véspera pela Câmara e o relatório da reforma da Previdência em vias de ser aprovado pela comissão especial, paralisações e protestos foram registrados em 25 estados e no Distrito Federal. A greve geral deixou várias capitais, como São Paulo, com cara de feriado, com pouco movimento nas ruas, principalmente em razão da adesão dos trabalhadores do transporte público. Houve confrontos com a polícia no centro do Rio de Janeiro e no entorno da casa de Temer, no Alto de Pinheiros, bairro de altíssimo padrão na zona oeste de São Paulo. Escolas e bancos não funcionaram na maior parte do país.  O ato teve repercussão na imprensa internacional.

30 de junho de 2017

Logo após a paralisação de abril, as centrais convocaram nova greve geral. Porém, o movimento acabou perdendo força e não teve adesão. Na data, houve atos em diversas capitais, mas sem paralisação. O motivo da pouca adesão foi um racha dentro das centrais sindicais. Uma semana antes da data prevista para o movimento, um grupo liderado por UGT e Força Sindical decidiu não organizar a greve, mas apenas fazer manifestações. Do outro lado, sobraram CUT e CTR. Somado a isso, os sindicatos do setor de transportes (metrôs, trens e ônibus), responsáveis pelo sucesso da greve um mês antes, também anunciaram, em sua maioria, que não participariam das atividades, com medo de retaliações. A reforma trabalhista tramitava em uma comissão especial do Senado e viria a ser aprovada em 11 de junho.

10 de novembro de 2017

A data escolhida foi o dia anterior à entrada em vigor da reforma trabalhista. Centrais sindicais convocaram paralisação em todo o pais. Muitas capitais tiveram atos, com diversas categorias cruzando os braços, mas a greve geral prometida não ocorreu.

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5 de dezembro de 2017

O ato foi cancelado pelas centrais sindicais após a decisão do governo de retirar da pauta a votação da reforma da Previdência, originalmente agendada para o dia 6. O governo Temer fez algumas alterações no texto da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 287/2016. Entre os recuos estavam a manutenção do tempo mínimo de contribuição em 15 anos e – não 20 como havia sido proposto – e também na aposentadoria rural e no benefício assistencial ao idoso e à pessoa com deficiência (BPC). 

 

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