Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Queda dos juros e mercado de trabalho aquecido impulsionam o varejo

Mercado de trabalho forte, salário mínimo maior e inflação sob controle vão continuar estimulando o crescimento do setor ao longo do ano

Por Luana Zanobia 11 abr 2024, 12h35

A trajetória de crescimento do varejo brasileiro no início do ano reflete o aquecimento da atividade econômica do país. Na passagem de janeiro para fevereiro, o setor varejista nacional não apenas manteve sua curva ascendente, mas também atingiu um novo patamar. O comércio varejista no registrou aumento de 1,0% em fevereiro, atingindo o maior patamar da série histórica iniciada em janeiro de 2000. Essa também é a segunda alta consecutiva, após o índice ter registrado crescimento de 2,8% em janeiro.

A perspectiva para este ano aponta para uma continuidade do crescimento, fundamentada em pilares como a robustez do mercado de trabalho, a valorização do salário mínimo e um ambiente de inflação controlada, apesar dos desafios impostos por um cenário de juros reais ainda elevados. Este cenário otimista é corroborado pela expectativa de expansão do crédito e aumento na massa de rendimentos, fatores estes que têm sido catalisadores do consumo doméstico.

Um dos propulsores mais significativos desse avanço tem sido a melhora contínua no mercado de trabalho, com uma taxa de desocupação em queda, alcançando o menor nível em uma década. Isso, somado ao aumento dos rendimentos e à injeção de recursos via pagamentos de benefícios tem fornecido às famílias uma maior capacidade de consumo.

Além disso, o Programa Desenrola Brasil do governo federal, que renegociou mais de 35 bilhões de reais em dívidas da população, tem ajudado a diminuir o endividamento e estimular a economia. Paralelamente, a política monetária tem desempenhado um papel fundamental, com a redução da taxa Selic, atualmente em 10,75%, estimulando o crédito e tornando o consumo de bens de maior valor mais acessível às massas. As projeções indicam a Selic em 9% ao final do ano, com potencial para estimular ainda mais o consumo. 

Continua após a publicidade

O governo Lula busca alternativas de estímulo de crédito para tentar aquecer mais ainda a atividade econômica e melhorar a popularidade do presidente, que patina conforme as últimas pesquisas divulgadas. Nesta terça-feira ele se reuniu com o ministro Fernando Haddad e representantes de bancos públicos para discutir propostas para o crédito.

Essa combinação de fatores, de mercado de trabalho aquecido e crédito, não apenas impulsiona o varejo, mas também configura um maior crescimento econômico do país. Há preocupações quanto à sustentabilidade desse crescimento a longo prazo, especialmente considerando o potencial inflacionário de um consumo elevado sem o correspondente aumento da capacidade produtiva, tema abordado recentemente em reportagem de VEJA. Na última reunião ata do Banco Central, a autarquia demonstrou preocupação com a inflação gerada via crescimento econômico, inclusive alterando o “forward guidance”, o que pode indicar uma diminuição no ritmo de cortes após seis cortes consecutivos de 0,5 ponto percentual na taxa Selic.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.