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Produtores descartam 500 mil litros de leite por dia em MG

Greve dos caminhoneiros leva produtores de aves a sacrificarem pintinhos por falta de ração

Por Gilmara Santos
24 Maio 2018, 17h22

Os produtores de leite da Passos (MG) estão descartando cerca de 500.000 litros da bebida por dia por não conseguirem transportar o produto, reflexo do protesto dos caminhoneiros autônomos contra o preço do dieselque teve início na segunda-feira. No Paraná, também foi registrado descarte de leite.

“Sem conseguir fazer o transporte, os produtores estão sendo obrigados a descartar o leite. Isso sem contar o agravante da falta de alimentação para os animais”, comenta o gerente administrativo da Associação de Produtores de Leite (Aproleite), Rubens de Melo Vaz.

A falta de alimentos é a preocupação também da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). “Está travada em vários pontos a circulação de caminhões de ração, que levariam alimentos para os criatórios espalhados por pequenas propriedades dos polos de produção. A situação nas granjas produtoras é gravíssima, com falta de insumos e risco iminente de fome para os animais”, diz a entidade.

Diante da falta de ração, produtores de aves estão precisando sacrificar pintinhos, como um procedimento sanitário.

“Diferentemente da promessa feita ontem pelas lideranças dos caminhoneiros, ainda não houve a liberação das cargas vivas em vários pontos de parada do movimento de greve nas estradas”, diz a ABPA. “Recebemos relatos de produtores com caminhões transportando animais parados em bloqueios em todo o país.  Há casos de animais com mais de 50 horas sem alimentação”, complementa.

A cadeia produtiva da avicultura e da suinocultura do país está com 120 plantas frigoríficas paradas – produtoras de carne de frango, perus, suínos e outros.  Mais de 175.000 trabalhadores estão com atividades suspensas em todo o país.

De acordo com a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomercio-SP), as paralisações  estão gerando um verdadeiro colapso para empresários e consumidores. Com a crise, o setor de abastecimento já se encontra em dificuldades para atender à demanda da população que, assustada com as notícias, corre para os principais pontos de venda a fim de garantir o seu estoque.

Segundo a entidade, o prejuízo nas vendas dos bens não duráveis como alimentos, remédios e gasolina pode ser visto como um primeiro alarme. “No entanto, se essa crise persistir, o problema pode se estender para as vendas bens duráveis como veículos, eletrodomésticos e materiais de construção, gerando uma crise geral para o setor”, diz a entidade.

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