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Prévia da inflação desacelera para 0,21% em abril, abaixo das projeções

Dado veio levemente menor do que a expectativa do mercado financeiro, que estimava uma alta de 0,29% no mês

Por Larissa Quintino Atualizado em 26 abr 2024, 15h09 - Publicado em 26 abr 2024, 09h24

A prévia da inflação ficou em 0,21% em abril, uma desaceleração em relação ao mês anterior, quando avançou 0,36%. O dado do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) divulgado nesta sexta-feira, 26, pelo IBGE, veio ligeiramente abaixo das expectativas do mercado para o mês, que estimava variação de 0,29%.

O IPCA-15 é medido entre as duas primeiras semanas do mês de referência (neste caso, abril) e as duas últimas do mês anterior. Em 12 meses, o indicador acumula alta de 3,77%, acima do centro da meta de inflação definida para 2024, de 3%, porém dentro do teto, que vai até 4,5% neste ano.

De acordo com analistas de mercado, a leitura da inflação do mês é benigna, já que houve melhora em boa parte dos núcleos inflacionários. Para Gustavo Sung, economista-chefe da casa de análises Suno Research, o qualitativo do IPCA-15 de abril  foi positivo. “Serviços subjacentes e a média dos núcleos apresentaram desaceleração tanto na variação mensal quanto no acumulado dos últimos 12 meses. E, quando observamos a média móvel de três meses anualizada e ajustada sazonalmente, também enxergamos desaceleração dos grupos citados anteriormente, somados a serviços intensivos em mão de obra”, afirmou.

Igor Cadilhac, economista do banco digital PicPay, afirmou que o resultado de abril reforça que ainda há um processo desinflacionário, mas que a piora das expectativas no longo prazo é que deve pesar mais na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom). “Aos olhos do ciclo de corte da Selic, esse panorama saudável contrabalança o cenário externo mais incerto; contudo, dada a provável piora nas projeções de inflação para 2025 no modelo do Banco Central — seguindo a elevação do dólar e do IPCA no Boletim Focus —, não deve dirimir as expectativas de redução de 25 pontos-base na Selic já no próximo Copom”, afirmou.

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Segundo o IBGE, o resultado foi influenciado pelo grupo de alimentação e bebidas, com alta de 0,61% e impacto de 0,13 p.p. no índice geral. Apesar da alta, os preços desses produtos desaceleraram em relação ao mês passado, quando a alta foi de 0,91%. Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, apenas transportes (-0,49%) registrou deflação em abril.

O grupo de alimentos e bebidas, o de maior peso na cesta do IBGE,  teve influência da alta da alimentação no domicílio (0,74%). Contribuíram para esse resultado as altas do tomate (17,87%), do alho (11,60%), da cebola (11,31%), das frutas (2,59%) e do leite longa vida (1,96%). No lado das quedas, destacam-se a batata-inglesa (-8,72%) e as carnes (-1,43%). A alimentação fora do domicílio (0,25%) desacelerou em relação ao mês de março (0,59%), em virtude da alta menos intensa da refeição (0,76% em março para 0,07% em abril).

Nos transportes, que registraram inflação, a grande influência foi na queda de preço das passagens aéreas, que recuaram 12,2% no período. Os combustíveis ficaram próximos a estabilidade, com variação negativa de 0,03. No mês, somente o etanol (0,87%) teve alta, enquanto o gás veicular (-0,97%), o óleo diesel (-0,43%) e a gasolina (-0,11%) registraram queda nos preços.

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