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Premiê italiano envia mensagem de estabilização à Europa

Mario Monti diz à imprensa francesa que o continente "não tem mais razão para temer a Itália"

Por Da Redação
5 jan 2012, 17h29

Mario Monti reúne-se nesta sexta-feira com o presidente francês, Nicolas Sarkozy. Em 11 de janeiro, encontrará a chanceler alemã, Angela Merkel, e no dia 18, o premiê britânico David Cameron

O primeiro-ministro da Itália, Mario Monti, prepara uma campanha para tranquilizar os parceiros europeus quanto à capacidade do seu governo tecnocrata de recuperar a economia.

Monti viajou a Bruxelas, de forma inesperada e aparentemente particular, antes de uma série de reuniões com líderes europeus, destinadas a recuperar a confiança em relação às finanças públicas. “A Europa não tem mais razão para temer a Itália”, disse ao jornal francês Le Figaro. O premiê italiano reúne-se nesta sexta-feira com o presidente Nicolas Sarkozy e com o primeiro-ministro François Fillon, além de falar em uma conferência do Ministério das Finanças.

A Itália, terceira maior economia da zona do euro, ainda representa uma ameaça ao bloco. Uma situação de emergência com a sua dívida arruinaria as defesas existentes e possivelmente destruiria a moeda única.

Nesta quinta-feira, os dividendos pagos nos títulos italianos com vencimento em dez anos superaram os 7%, mais ou menos o nível que levou a Grécia a buscar ajuda internacional.

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Agenda de viagens – Monti se reunirá também com a chanceler alemã, Angela Merkel, no dia 11, em Berlim. Em 18 de janeiro, será a vez de encontrar o primeiro-ministro britânico, David Cameron.

Desta forma, o premiê italiano terá se reunido com os principais líderes europeus antes de participar da cúpula da União Europeia no fim do mês, em Bruxelas. Ele tem defendido medidas para aprofundar a proximidade econômica entre os países da zona do euro, inclusive reforçando o Instrumento Europeu de Estabilidade Financeira.

Monti, ex-comissário da União Europeia, foi nomeado em novembro para o cargo de premiê, na esperança de resolver a escalada de endividamento deixada pelo seu polêmico antecessor, Silvio Berlusconi.

Dívida italiana – A Itália possui mais de 600 bilhões de euros em títulos por vencer nos próximos três anos, e não tem condições de continuar pagando os juros atuais por muito tempo. O Banco Central Europeu (BCE) tem feito operações de compra desses papéis.

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Monti promete manter a meta imposta pela UE de equilibrar o orçamento italiano até 2013, e já aprovou um pacote no valor de 33 bilhões de euros, que prevê aumento de impostos e reduções de pensões e gastos públicos.

O principal problema italiano, no entanto, é o crescimento fraco. Sem medidas nessa frente, dificilmente o país conseguirá reduzir seu endividamento, que atinge 120% do PIB. A entidade patronal Confindustria estima que a economia do país encolherá 1,6% neste ano.

Monti promete medidas para aumentar a competitividade, o que inclui uma reforma de leis trabalhistas, à qual os sindicatos tendem a se opor. Até agora, no entanto, não houve protestos significativos contra as medidas, e a aprovação a Monti continua superior a 50%. “Os italianos aceitaram as duríssimas medidas que lhes impusemos com uma fleuma quase britânica”, disse Monti ao Le Figaro. “Eles demonstraram um admirável senso de responsabilidade.”

(com Reuters)

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