Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

PIX fora do ar? Greve de servidores do BC preocupa

Autoridade monetária diz que tem sistema de contingência para continuar operando o PIX durante a paralisação, que deve começar dia 1º

Por Larissa Quintino Atualizado em 29 mar 2022, 21h01 - Publicado em 29 mar 2022, 10h00

Os servidores do Banco Central decidiram entrar em greve por tempo indeterminado a partir do dia 1º de abril. A insatisfação vem da falta de reajuste salarial e da reestruturação de carreira e foi decidida em assembleia na última segunda-feira, 28. A paralisação dos servidores põe em dúvida o funcionamento de alguns serviços como o PIX, o sistema de transferências instantâneas que vem batendo recorde atrás de recorde e caiu no gosto do brasileiro.

O presidente do sindicato dos servidores do BC, o Sinal, afirmou que a paralisação deve respeitar a lei de serviços essenciais, mas o PIX não se encontra dentro dessa lei, e pode sofrer paralisações na prestação do serviço. Questionado se há risco do PIX ficar fora do ar por causa da greve dos servidores, o Banco Central afirmou que  “tem planos de contingência para manter o funcionamento dos sistemas críticos para a população, os mercados e as operações das instituições reguladas, tais como STR, PIX, Selic, entre outros”. O PIX funciona 24h por dia, sete dias por semana e é operado pelo Banco Central.

A greve dos servidores do BC é um dos desdobramentos do aceno dado pelo presidente Jair Bolsonaro de conceder reajustes a policiais federais no Orçamento de 2022. A crise foi em parte contornada pela equipe econômica, que avaliou que o movimento de contemplar apenas um grupo específico de servidores poderia deflagrar uma crise. Porém, a insatisfação entre as outras categorias acabou instalada.

No caso do BC, os servidores vinham realizando paralisações desde o início do ano em períodos do dia. A partir de 17 de março, as paradas passaram a ser diárias, das 14h às 18h. Além da greve, os servidores também organizam a entrega conjunta de cerca de 600 cargos comissionados até quarta-feira, segundo o presidente do Sinal, Fabio Faiad.

Continua após a publicidade

Além do PIX, outro sistema que pode ficar fora do ar é o de valores a receber, do “dinheiro esquecido” nos bancos. Desde fevereiro, o BC vem informando a clientes bancários que têm valores esquecidos em instituições que há direito ao dinheiro, e opera um sistema para que as pessoas peçam o pagamento desses valores.

Apagão de dados

A publicação de estatísticas econômicas do BC está ocorrendo com atraso, apesar de a autoridade monetária não vincular a questão diretamente com o movimento de paralisação. O Boletim Focus, que traz projeção do mercado financeiro sobre PIB, inflação e juros, já vem há duas semanas em atraso. Publicados por volta das 8h30 todas as segundas-feiras, os dados foram divulgados nesta segunda e na passada às 10h. Estatísticas de fevereiro, como investimentos diretos de estrangeiros no Brasil, monetárias e de crédito e fiscais, previstas para esta semana, não serão divulgadas. Houve ainda atraso nas publicações de dados do fluxo cambial, do resultado do questionário pré-Copom e da apuração da taxa ptax (taxa de câmbio) diária.

A categoria em greve reivindica reajuste de 26,3%. Além disso, os funcionários pedem outras coisas, como mudança da nomenclatura de analista para auditor, por exemplo. No último sábado, membros do sindicato dos servidores se reuniram com o presidente do BC, Roberto Campos Neto, mas não houve avanço nas negociações, o que culminou no anúncio da greve.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.