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O recado de Lula sobre a taxa de juros: “É uma vergonha”

Em evento para posse de Aloizio Mercadante no BNDES, presidente da República convida empresários a subirem o tom contra o atual patamar da Selic

Por Felipe Mendes Atualizado em 6 fev 2023, 13h53 - Publicado em 6 fev 2023, 13h14

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fez um duro discurso sobre a economia do país durante a posse de Aloizio Mercadante no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, o BNDES. Sem citar o nome do ex-presidente Jair Bolsonaro, Lula afirmou que a instituição foi vítima de “difamação” e “mentiras tresloucadas”, sobretudo, durante o processo eleitoral, e voltou a criticar o atual patamar da taxa de juros, a Selic, praticada pelo Banco Central.

O presidente da República fez questão de enumerar o que, segundo ele, foram mentiras sofridas pelo banco de fomento brasileiro. Sobre a “caixa preta” do BNDES, Lula disse que “o banco teve que gastar 48 milhões numa auditoria internacional em 2020 e o resultado foi que nada foi encontrado de irregular nas operações”.

Já sobre o fomento em operações do banco a obras de infraestrutura em outros países, o petista afirmou que “o BNDES nunca deu dinheiro para amigos do governo. (…) Essas operações deram lucro além de gerar dinheiro e milhares de empregos no Brasil”, disse no evento desta segunda-feira, 6. Segundo ele, países como Cuba e Venezuela, alguns dos maiores devedores ao banco, voltarão a arcar com seus encargos junto ao governo brasileiro. “Os países que não pagaram, seja Cuba ou a Venezuela, é porque o presidente resolveu cortar relações internacionais. Mas eu tenho certeza que no nosso governo esses países vão pagar.”

Lula também disse que o BNDES não privilegiou “meia-dúzia de empresas” durante os governos passados do PT (referindo-se a estratégia chamada, na época, de “Campeãs Nacionais”), criticou o fim da taxa de juros de longo prazo, a TJLP, e a mudança de postura do BNDES  durante o governo Bolsonaro. Em um pedido explícito a Mercadante, Lula disse: “Faça esse banco voltar a ser o banco indutor do desenvolvimento e do crescimento econômico desse país”, apontou. “Que a gente não tenha medo de emprestar dinheiro para um estado ou para uma cidade que tenha capacidade de endividamento.”

O presidente da República também aproveitou a ocasião para voltar a alfinetar o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, sobre o atual patamar da taxa de juros do país: 13,75% ao ano – ele pediu que a classe empresarial endosse suas críticas sobre a Selic. “Não existe nenhuma justificativa para que a taxa de juros esteja a 13,75%. É só ver a carta do Copom para a gente ver que é uma vergonha esse aumento de juro e a explicação que eles deram para a sociedade brasileira”. Ele ainda classificou os atos golpistas de 8 de janeiro como uma “revolta dos ricos que perderam as eleições”.

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