Operadora TIM pede desculpas a jornalista da ‘Economist’
Correspondente da revista britânica no Brasil sofreu com a má qualidade dos serviços de telefonia móvel no país
No dia 11 de abril, Helen Joyce, correspondente da revista ‘The Economist’ no Brasil, publicou um texto no site da publicação que falava de suas desventuras com a TIM no país. Dentre os problemas, a jornalista relatou dificuldades com a rede e a internet, além da cobrança indevida de contas mesmo depois de ela ter mudado de operadora. Na última quarta-feira, Helen publicou outro texto, mas dessa vez um pedido de desculpas da TIM.
A TIM afirma que os problemas passados pela jornalista vão ser usados para melhorar os serviços da operadora, tanto nos call centers quanto nas lojas. Depois da publicação de Helen, a empresa revisou o caso e encontrou o erro que fez com que ela continuasse recebendo as contas. Depois de cancelar o serviço, a TIM declara que contatou a correspondente para explicar o que tinha acontecido e garantir que o problema foi resolvido.
Em relação à qualidade de sua rede, a TIM explica na nota que reafirma seu compromisso de sempre melhorar seus serviços e que vai investir 10,7 bilhões de dólares no Brasil, a fim de expandir sua cobertura.
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A saga de Helen Joyce – Há mais ou menos um ano, a jornalista começou a ter vários problemas com a rede e a internet da TIM, o que a impedia até de receber ligações e e-mails. No texto publicado no site da ‘The Economist’, ela diz que foi até uma loja da TIM para pedir esclarecimentos. A atendente explicou à jornalista que os problemas ocorriam por que a operadora havia fechado muitos contratos no ano e isso sobrecarregava a rede. Por isso, Helen decidiu mudar de operadora, fazendo a chamada “portabilidade”.
Depois 20 protocolos e 15 horas de ligações, a jornalista finalmente conseguiu mudar de operadora, ainda que tenha ficado por um mês sem ver seus e-mails pelo celular. Mesmo depois da transferência, a correspondente continuou recebendo contas da TIM por mais seis meses. Chegou a ameaçar a operadora com um processo judicial, mas mesmo assim ainda recebeu mais três cobranças. Depois de mais telefonemas, Helen finalmente conseguiu resolver o problema.
Apesar da bronca com a TIM, Helen deixou claro em seu texto que o serviço no Brasil como um todo é ruim. “O que parece uma história chocante para estrangeiros, é infelizmente familiar para brasileiros. O serviço de telefonia móvel do país é muito caro e pouco confiável”, escreveu ela.
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