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Os passos para o pacote trilionário de Biden ser, enfim, aprovado

Após passar pela Câmara, presidente se reúne com senadores democratas por aprovação; expectativa é que os US$ 1,9 tri sejam oficializados nesta semana

Por Luisa Purchio Atualizado em 2 mar 2021, 13h49 - Publicado em 2 mar 2021, 13h20

O esperado pacote de benefícios fiscais dos democratas, de 1,9 trilhão de dólares, está na reta final de aprovação no Congresso Americano. Após passar pela Câmara dos Representantes na semana passada, ele segue ao Senado. Se não houver contratempos, deve ser assinado pelo presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, até o fim desta semana. O objetivo é colocá-lo em curso o mais rápido possível, tendo em vista que no dia 14 de março acabam os benefícios adicionais para o seguro-desemprego.

“O processo está correndo normalmente. O líder do Senado, Chuck Schumer, senador de Nova York, deve colocar o pacote para aprovação na quarta-feira. Depois, começam pelo menos 20 horas de debate e, se não tiver obstrução, a expectativa é que seja aprovado na sexta-feira de manhã por Biden”, diz Leandro Araújo, diretor de serviços financeiros da IBC Consulting.

Como os democratas possuem 50% das cadeiras do Senado, a aprovação deveria ser considerada certa, afinal, em caso de empate com os senadores republicanos da casa, a vice-presidente democrata, Kalama Harris, dá o voto de minerva – que certamente será de aprovação. Porém, há divergências dentro do partido democrata sobre o aumento do salário mínimo dos Estados Unidos.

Atualmente estabelecido em âmbito federal em 7,5 dólares/hora, o piso salarial é discutido por democratas mais progressistas que defendem um aumento de 50% na remuneração. Os mais conservadores são, no entanto, a favor de mantê-lo no patamar atual e um estudo apresentado no sábado, 27, projetou a retirada de 900 mil pessoas da pobreza com este aumento, porém uma entrada de 1,4 milhão de novos desempregados no mercado.

“É um pacote extremamente ambicioso que naturalmente acaba gerando uma divergência de ideias”, diz Victor Beyruti, economista da Guide Investimentos. “Foi positivo para os democratas terem conseguido eleger um número de senadores que gera empate, mas não pode haver nenhuma dicotomia entre eles”, diz ele.

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Na tarde desta terça-feira, 2, às 15h10 no horário de Brasília, o presidente Joe Biden se reúne em conferência por telefone com os senadores democratas. O encontro é fechado para a imprensa, mas certamente se tratará de um pedido do chefe da Casa Branca para que haja unidade na votação do partido. A expectativa é que o salário mínimo se mantenha fora do texto para que ele seja aprovado mais rapidamente.

Outro risco do aumento do salário mínimo junto com o pacote de 1,9 trilhão de dólares é a inflação. O tema vem preocupando o mercado financeiro americano e causando volatilidades expressivas nos títulos do Tesouro americano e às bolsas de valores, principalmente durante a semana passada. “A expectativa do mercado é que o pacote seja aprovado, mas se tiver um atraso o mercado responderá negativamente”, diz Araújo. Esta é a primeira grande prova de fogo dos democratas. Se os robustos benefícios passarem sem maiores dificuldades, a chamada “onda azul”, que se refere ao domínio democrata nos cargos eletivos da política americana, mostrará que é uma realidade no governo Biden.

 

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