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O que explica a queda do dólar frente ao real na última semana

Moeda americana fechou no menor patamar em quase três meses

Por Luisa Purchio Atualizado em 4 jun 2024, 10h58 - Publicado em 26 jan 2023, 14h04

O dólar encerrou o pregão de quarta-feira, 25, em queda semanal de 2,46%, a 5,0734 reais, o menor patamar desde o início de novembro do ano passado. A notícia é ótima para quem viajou internacionalmente nas férias escolares e reflete o cenário externo favorável à moeda brasileira, mas também uma menor preocupação do mercado doméstico com o risco fiscal. Nesta quinta-feira, 26, oscila ligeiramente para cima, vendido a 5,088 reais

No cenário internacional, o arrefecimento da inflação americana sugere uma política monetária do Federal Reserve Bank mais branda. A expectativa dos analistas é que a decisão de juros do Federal Reserve Bank que ocorrerá na semana que vem virá com apenas mais um ajuste de 0,25 ponto percentual e uma sinalização de Jerome Powell de que será a última elevação dos juros na maior economia do mundo.

Dessa maneira, a Selic brasileira, atualmente em 13,75% ao ano, fica mais vantajosa em relação aos juros americanos e atrai mais capital estrangeiro ao país, o que naturalmente valoriza o real. “A Selic está atrativa para o fluxo de investimento estrangeiro e temos uma expectativa de que ela permanecerá alta por um bom tempo porque a inflação está elevada. Algumas casas inclusive projetam um ajuste residual do Banco Central”, diz Cristiane Quartaroli, economista do Banco Ourinvest.

Outro fator positivo para o câmbio brasileiro é a reabertura das fronteiras chinesas desde o final do ano passado após três anos de uma política dura de Covid zero, o que favorece os países emergentes e principalmente o Brasil, maior parceiro comercial do país asiático.

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Cenário doméstico

Já no Brasil, os recentes anúncios do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, sinalizando comprometimento fiscal com medidas que visam reduzir o déficit primário do país acalmaram os ânimos do mercado, o que também contribui para a queda do dólar, ativo que é buscado em momentos de risco. Porém a preocupação fiscal se mantém no radar, o que explica o fato de que o dólar ainda não conseguiu cair a ponto de superar a barreira dos 5 reais.

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