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“Não há o que comemorar”, diz secretária do Tesouro sobre déficit

Governo registrou rombo de 124,4 bilhões de reais em 2017, resultado abaixo da meta fiscal, que previa déficit de até 159 bilhões de reais

Por Estadão Conteúdo
Atualizado em 29 jan 2018, 20h03 - Publicado em 29 jan 2018, 19h51

A secretária do Tesouro Nacional, Ana Paula Vescovi, negou nesta segunda-feira que o governo tenha inflado a meta de déficit primário de 2017, que era de 159 bilhões de reais. “Há aqui um governo disposto e engajado em cumprir as metas. Não utilizamos artifícios de contabilidade para o cumprimento de metas”, afirmou. “Não houve folga. Não há o que comemorar com um déficit primário de 124,401 bilhões de reais. Precisamos sim é chegar a um resultado que estabilize o patamar da dívida pública”, completou.

O resultado foi divulgado hoje pelo governo central. O rombo foi menor que o saldo negativo de 161,276 bilhões de reais visto em 2016 e também ficou abaixo do permitido pela meta fiscal, fixada em 159 bilhões de reais. O resultado negativo do último ano correspondeu a 1,9% do PIB.

Ana Paula destacou que a suficiência de 28,8 bilhões de reais para o cumprimento da regra de ouro em 2017 foi a menor margem da série histórica. Em 2016, a suficiência havia sido de 86,2 bilhões de reais. “Estamos começando a ganhar confiança nos modelos de previsão para o cumprimento da regra de ouro”, afirmou. Para 2018, a insuficiência para o cumprimento da regra de ouro agora é estimada em 208,6 bilhões de reais.

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Para fazer frente a essa insuficiência e garantir o cumprimento da regra de ouro em 2018, Ana Paula explicou que o governo poderá “transportar” entre 10 bilhões de reais e 15 bilhões de reais da suficiência da regra de ouro em 2017 para o cumprimento do instrumento legal em 2018. Ela citou também a devolução de 130 bilhões de reais pelo BNDES ao Tesouro, que ainda depende de aprovação pelo conselho do banco. “É possível também fazer uma ampla revisão dos restos a pagar não processados, a partir de um decreto presidencial que será editado em 2018. Isso reduz as obrigações e libera mais caixa livre para o Tesouro para o abatimento da dívida pública”, explicou,

A extinção do Fundo Soberano – que depende de aprovação de uma lei – e a desvinculação do extinto Fundo Nacional de Desenvolvimento (FND) – que está em análise jurídica – possibilitarão a liberação dos respectivos recursos (26 bilhões de reais e 16 bilhões de reais) para as contas do Tesouro, também para o abatimento da dívida.

Ana Paula disse ainda que a o governo fará consultas jurídicas ao Tribunal de Contas da União (TCU) para a desvinculação de superávits de fundos em exercícios anteriores para abater dívida. Ela não quis adiantar, no entanto, quais fundos são esses.

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“Acreditamos que aqui temos um conjunto robusto de medidas para fazer frente à insuficiência para o cumprimento da regra de ouro em 2018”, argumentou.

Questionada sobre a execução de despesas 30 bilhões de reais inferior ao previsto originalmente, Ana Paula argumentou que a execução no primeiro semestre de 2017 foi apertada devido a seguidas frustrações de receitas e aos riscos fiscais para o restante do ano.

“Tivemos um aperto enorme nos órgãos no primeiro semestre, mas, na segunda metade do ano, nenhum órgão reclamou que faltaram recursos. Os órgãos fizeram grande esforço diante de um quadro de aperto”, acrescentou.

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