Moody’s: reforma da Previdência não será aprovada antes do 3° trimestre
A agência de classificação risco estima uma economia de somente 800 milhões, ao invés do 1 trilhão prometido pelo Ministro da Economia, Paulo Guedes
A agência de classificação de risco Moody’s avalia que a reforma da Previdência não deve ser aprovada antes do terceiro trimestre deste ano, com a possibilidade de ser adiada ainda mais, de acordo com relatório divulgado nesta quarta-feira, 13.
“Dada a amplitude das reformas propostas, esperamos que o processo de aprovação seja adiado e é improvável que seja finalizado antes do terceiro trimestre deste ano, e pode ser adiado ainda mais se componentes adicionais, como uma reforma trabalhista, estiverem ligados à proposta de reforma da seguridade social”, afirmou a Moody’s.
Os analistas que assinaram o relatório, Samar Maziad, Patrick Cooper e Mauro Leos, consideram que a minuta vazada à imprensa na semana passada é “ambiciosa” e que deve ser tratada como ponto de partida para negociações no Congresso.
“A qualidade e amplitude da reforma que será por fim aprovada dependerão da capacidade do governo de conseguir consenso político no Congresso”, completou o relatório.
A Moody’s estima que, ao invés do 1 trilhão de reais buscado pelo governo Bolsonaro, a economia ficará entre 600 e 800 milhões de reais.
A minuta da reforma vazada na semana passada, estabelecia, por exemplo, idade mínima de 65 anos para aposentadoria tanto de homens quanto de mulheres. Entretanto, na terça-feira o secretário especial da Previdência e Trabalho, Rogério Marinho, afirmou que o texto da proposta foi fechado e apresentado ao ministro da Economia, Paulo Guedes, “bastante diferente” daquela minuta.
(Com Reuters)