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Governo vai propor idade de 65 anos para homens e mulheres, diz jornal

Texto preliminar da Proposta de Emenda à Constituição da reforma da Previdência eleva também o tempo mínimo de contribuição para o INSS de 15 para 20 anos

Por Da Redação
Atualizado em 4 fev 2019, 21h51 - Publicado em 4 fev 2019, 16h28

O governo Jair Bolsonaro vai propor fixar a idade mínima em 65 anos para homens e mulheres que se aposentarem no Brasil. O tempo mínimo de contribuição para a Previdência, chamado de carência, subirá de quinze para vinte anos. A informação é do jornal O Estado de S. Paulo.

Atualmente, há duas formas de se aposentar. Por idade, com a exigência de ter 65 anos (homens) e 60 anos (mulheres), com a carência de quinze anos. A outra é por tempo de contribuição, quando não se exige idade mínima, mas são necessários 35 anos (homens) e trinta anos (mulheres) de pagamentos ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). A reforma que deve ser proposta pelo governo ao Congresso acaba com a aposentadoria por tempo de contribuição.

O projeto que tinha sido encaminhado pelo ex-presidente Michel Temer instituía a idade mínima de 65 anos para homens e 62 anos para mulheres.

Segundo o texto obtido pelo jornal, a reforma propõe que aos vinte anos de contribuição para a Previdência, o segurado receba 60% do benefício. Cada ano a mais trabalhado acrescentará dois pontos porcentuais até chegar a 100% do benefício com quarenta anos de contribuição.

Capitalização

A PEC da reforma prevê a criação de um sistema de capitalização, de “caráter obrigatório”, modelo pelo qual as contribuições vão para uma conta individual, responsável por bancar os benefícios no futuro.

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Os trabalhadores poderão usar parte do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), caso queiram, para complementar a contribuição, sem prejuízo de outras fontes adicionais de contribuições patronais e do trabalhador. Será vedada a transferência de recursos públicos para esse novo sistema, diz a proposta preliminar.

A gestão desse novo sistema será feita por entidades de previdência pública e privada, habilitadas pelo governo. O trabalhador poderá escolher a entidade que vai gerir seus recursos e poderá optar pela portabilidade a qualquer momento sem nenhum custo. O governo não poderá usar esses recursos.

A capitalização será feita em regime de contribuição definida. Isso significa que o valor da contribuição é acertado no ato da contratação do plano e o benefício que será recebido no futuro varia em razão do valor das contribuições, do tempo em que foram feitas e da rentabilidade dos recursos.

O que disse o governo

Rogério Marinho, secretário especial da Previdência Social e Trabalho, disse que a proposta divulgada trata-se de um dos textos que estão sendo analisados pelo governo. “São várias propostas. A minuta que chegou ao conhecimento da imprensa é apenas mais um entre os textos analisados” afirmou.

Segundo Marinho, o presidente Jair Bolsonaro ainda precisa validar a proposta a ser escolhida. O secretário não quis responder quantos textos da reforma estão sob análise nem detalhar o que está em estudo.

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O porta-voz da Presidência, general Otávio Rêgo Barros, seguiu a mesma linha. “O documento veiculado na mídia sobre a reforma da Previdência não contém todas as informações e algumas das informações lá não são efetivas”, disse Rêgo Barros. “Bolsonaro não confirma nenhuma informação sobre a Previdência enquanto não houver um projeto fechado”, acrescentou.

Impacto

O mercado financeiro se animou com o possível texto da reforma da Previdência. Na tarde desta segunda-feira, 4, o Ibovespa operava em alta de 0,66%, com 98.503, pontos às 16h20. Pela manhã, o índice estava em baixa.

Na manhã desta segunda, o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni (DEM-RS), disse que o texto já estava pronto, mas no aguardo do aval de Jair Bolsonaro, que está internado no Hospital Albert Einstein,em São Paulo, para ser encaminhado ao Legislativo.

(Com Estadão Conteúdo)

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