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Mantega afirma que intenção é influir menos no câmbio

Ministro da Fazenda admitiu que o BC precisou forçar desvalorização do real ano passado

Por Da Redação
6 jun 2013, 12h41

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, admitiu em entrevista ao jornal Valor Econômico nesta quinta-feira que o câmbio brasileiro já foi menos flutuante.

Ele destacou que a intenção da Fazenda é permitir uma flutuação mais limpa do câmbio, diferentemente do ano passado, quando admitiu que o Banco Central (BC) se valeu de instrumentos como compra de moeda e operações de swap cambial para valorizar o dólar e ajudar a indústria nacional a ser mais competitiva no exterior. O ministro disse que até agora esses tipos de operações estavam praticamente zeradas, quadro que mudou nesta quarta-feira, quando o BC realizou leilões e o dólar fechou praticamente estável, a 2,131 reais.

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Na terça-feira à noite, o BC zerou a alíquota do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) sobre as aplicações de capital estrangeiro em renda fixa, que antes estavam em 6%. A medida, que começou a valer já na quarta, foi um dos motivos, segundo economistas, para a volatilidade do dólar no período. Mantega, assim como a própria presidente Dilma Rousseff, negaram, contudo, que a mudança do IOF seja uma medida para controle cambial. “Nós não temos medida nenhuma para segurar o dólar. Eu queria informar que esse país adota um regime de cambio flexível”, disse a presidente.

Mantega explicou ainda que o cenário incerto no exterior está influenciando o comércio mundial e, consequentemente, impactando o Brasil. “Essa situação retardou os efeitos das medidas que tomamos, aqui no Brasil, nos últimos anos, para reestruturação da economia, para maior dinamismo e produtividade.” Mesmo assim, Mantega está confiante que os investimentos estão crescendo, dado que pode também ser visto na produção industrial, que registrou aumento dos bens de capital, item que se traduz em aumento de produtividade no futuro.

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A projeção do ministro é que a taxa de investimentos cresça entre 6% e 7% neste ano e reitera que ela não será afetada pela alta da taxa básica de juros, a Selic, para 8%, para conter a inflação. Para ele, o consumo interno também não ficará estagnado, mas as vendas do varejo não devem crescer tanto no restante do ano.

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O ministro disse ainda que o mundo vive um período de valorização do dólar de forma generalizada frente a outras moedas, especialmente de países emergentes produtores de commodities. Isso, de acordo com ele, deve-se ao anúncio feito pelo presidente do Federal Reserve, banco central americano, Ben Bernanke, de reduzir os estímulos econômicos (possivelmente elevar os juros básicos) e comprar menos ativos financeiros. “Acredito que haverá volatilidade nesses mercados, mas acho que os Estados Unidos só aumentarão os juros nos próximos anos”, diz.

Nesta semana, o diretor de Política Monetária do Banco Central, Aldo Mendes, disse que o Brasil terá de conviver com uma taxa de câmbio mais fraca se a recente desvalorização do real em relação ao dólar seguir a mesma tendência de outras moedas.

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