J&F é considerada para assumir controle da Celpa
Equatorial não assinou proposta de compra da empresa paraense no prazo que havia sido estabelecido pela Justiça
A Equatorial Energia e os acionistas da Celpa não assinaram proposta de compra e venda da empresa paraense até segunda-feira, conforme estabelecido pela Justiça do Pará. Com isso, o administrador judicial da distribuidora disse que a J&F, outra interessada, será considerada para assumir a companhia. “Eles (a Equatorial) estavam negociando ontem uma proposta de compra e venda cheia de condicionantes. Os acionistas da Celpa não assinaram”, disse à Reuters o administrador judicial da Celpa, Mauro Santos, nesta terça-feira.
Segundo Santos, entre as condicionantes que a Equatorial apresentava na proposta estava um acordo com o governo do Estado sobre o ICMS devido – que já está em 458 milhões de reais. Na manhã desta terça-feira, um dos controladores da J&F, Joesley Batista, se reúne com o governador do Pará, Simão Jatene (PSDB-PA), para discutir sobre a Celpa, afirmou Santos.
Representantes do Grupo Rede Energia e da J&F, além da juíza da 13a Vara Cível do Pará, Maria Filomena Buarque, e o administrador judicial da Celpa também têm reuniões previstas para esta terça-feira, às 13h. A Equatorial Energia participaria desta reunião, mas o administrador da Celpa disse já não considerar a presença da empresa.
Está agendada ainda nova assembleia de credores da Celpa para o dia 8 de outubro, na qual será formalizado o interesse de outro investidor pela empresa, no caso, a J&F. Na semana passada, a Agencia Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou parcialmente o plano de transição da Celpa, o qual a Equatorial considerava uma condicionante para assumir a companhia paraense.
A Equatorial Energia não estava disponível para comentar o assunto. O presidente do Conselho de Administração da J&F, Henrique Meirelles, disse nesta terça-feira, que a empresa é a única a se interessar pelos ativos da companhia de energia. “Vamos agora analisar todos os ativos da Celpa”, disse. Meirelles ressaltou, contudo, que não significa que a J&F irá fechar o negócio, que ainda está sob análise.
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(Com Reuters)