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IPCA recua 0,36% em segundo mês consecutivo de deflação

Queda no preço dos combustíveis, de 3,37%, levou grupo dos transportes à maior influência no índice; comunicação veio na sequência, com -1,10%

Por Luisa Purchio Atualizado em 9 set 2022, 16h36 - Publicado em 9 set 2022, 09h21

Resultado principalmente da queda do preço dos combustíveis, pelo segundo mês consecutivo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) apresentou deflação, divulgou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na manhã desta sexta-feira, 9. Em agosto, o IPCA foi de -0,36%, resultado próximo à expectativa de -0,39% dos economistas da Reuters e da Bloomberg. No mês anterior, a queda havia sido de 0,68%, levando os últimos 12 meses a uma inflação de 8,73%, abaixo dos 10,7% dos 12 meses até julho. Já em agosto do ano passado, a variação de preços havia sido positiva em 0,87%.

Assim como ocorreu em julho, o grupo Transportes foi o que mais contribuiu com a queda, com recuo de 3,37%. Os preços dos combustíveis retraíram 10,82% no mês, com o preço da gasolina com baixa de 11,64%, seguido por queda no etanol, de 8,67%, do óleo diesel, de 3,76%, e do gás veicular, de 2,12%. O segundo grupo com maior retração de preços foi Comunicação, de 1,10%, decorrente principalmente da redução de 6,71% dos planos de telefonia fixa e de 2,67% de telefonia móveis.

As quedas são efeito principalmente da política do presidente Jair Bolsonaro, que às vésperas da disputa pela sua reeleição sancionou uma lei que estabeleceu um teto para o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). O preço dos combustíveis variou negativamente, ainda, devido à queda do preço do petróleo no mercado internacional, repassado por meio da política de Preço de Paridade Internacional (PPI) da Petrobras.

Alta de preços em núcleos não influenciados por Bolsonaro

Apesar do recuo em Transporte e Comunicação, influenciados pelas medidas de Bolsonaro, os demais índices apresentaram alta e eles explicam por que a população não sente a queda do IPCA em todos os âmbitos no seu dia a dia. Os destaques dos aumentos foram Vestuário, com alta de 1,69%, Saúde e Cuidados Pessoais, de 1,31%, Alimentação e Bebida, de 0,24%, e Habitação, de 0,10%.

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No grupo Alimentação e Bebida, houve alta no frango em pedaços, de 2,87%, no queijo, de 2,58%, e nas frutas, de 1,35%. Já itens como tomate, batata-inglesa e óleo de soja caíram respectivamente 11,25%, 10,07% e 5,56%. O leite longa vida, que acumulava alta de 25,46% em julho, teve queda de 1,78% em agosto.

Já no grupo Habitação, a subida ficou por conta do gás encanado (0,26%) e da taxa de água e esgoto (0,05%). Porém, ela foi suavizada por baixas na energia elétrica residencial (-1,27%). Em Vestuário, os destaques foram roupa feminina, com alta de 1,92%, masculinas, com 1,84%, e calçados e acessórios, com 1,77%.

 

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