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Inflação de serviços está subindo em todos os emergentes, diz BC

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmou que os dados recentes de inflação, em especial os de serviços, adicionaram incertezas ao cenário

Por Luana Zanobia Atualizado em 3 abr 2024, 13h10 - Publicado em 3 abr 2024, 11h47

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, expressou suas preocupações com a inflação de serviços durante palestra em evento realizado pelo Bradesco BBI. Nos países emergentes, os núcleos da inflação ainda estão caindo na maioria dos lugares, enquanto os preços dos serviços estão subindo em grande parte deles. Mesmo em economias como a do Chile, que está reduzindo as taxas de juros devido a um crescimento econômico fraco, a inflação de serviços está em alta.

Campos Neto ressaltou a incerteza em relação aos dados mais recentes de inflação, especialmente no que diz respeito à conexão entre os salários, a massa salarial e os ganhos reais dos serviços. Embora o processo de desinflação não pareça estar interrompido, as incertezas aumentaram, tornando o Banco Central mais dependente dos dados de curto prazo para entender a evolução da situação nos próximos meses. Segundo o presidente da autarquia, a inflação do mundo desacelerou de forma mais acelerada do que o esperado, mas foi uma queda com uma característica curiosa, porque foi uma desinflação com pleno emprego, que é uma coisa que não acontece com muita frequência no mundo desenvolvido. “Então, acho que essa é uma das grandes perguntas é como a gente teve uma desinflação tão forte com pleno emprego, a gente já viu que energia e alimentos foi parte disso, mas a pergunta é como é que vai ser daqui para frente”, indagou.

Ao abordar os impactos da pandemia, o presidente da autarquia ressaltou o esperado deslocamento na curva de demanda, tanto para cima, devido às políticas de transferência do governo, quanto para baixo, devido às restrições e incertezas. No entanto, observou-se que esse deslocamento não convergiu rapidamente como previsto, com os serviços mostrando um aumento mais expressivo em relação aos bens, sendo esta a primeira vez que se observam os serviços saindo da linha pontilhada, não apenas nos emergentes e nos Estados Unidos, mas em vários países, incluindo na Ásia.

Além das questões domésticas, Campos Neto destacou a importância de monitorar a reação do BC americano, o Federal Reserve. Se o corte nas taxas de juros não ocorrer em junho, que é a data esperada, isso poderá afetar significativamente a reprecificação das taxas, com implicações de risco para todos os ativos. Em termos de dinâmica local, há também preocupações em relação à inflação de serviços e sua conexão com a mão de obra, bem como incertezas relacionadas ao setor industrial e de alimentos.

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