Ibovespa opera em alta e renova recorde com 98 mil pontos
Índice é puxado pelo balanço do Bradesco e da decisão do Fed, que manteve os juros na economia norte-americanaNo dia anterior, o Ibovespa subiu 1,42%
O índice Ibovespa, principal indicador da bolsa paulista, bateu a casa dos 98 mil pontos, máxima histórica nominal, na manhã desta quarta-feira, 31. A alta é puxada pelas ações do Bradesco, após a divulgação do balanço do banco. O mercado também repercute a decisão do Federal Reserve (Fed, banco central norte-americano) que manteve a taxa de juros na faixa de 2,25% a 2,5%
Às 12h38, o Ibovespa operava em alta de 0,88%, a 97.847 pontos. Na máxima até o momento, chegou a 98.106 pontos, recorde intradia.
“Mercados reagem positivamente nesta quinta-feira após o Fed sinalizar que não aumentará as taxas de juros novamente se a inflação não acelerar”, disse a XP Investimento em nota a clientes.
A equipe da XP também chamou a atenção para a declaração do banco central norte-americano de que ele estaria preparado para interromper o processo de redução do balanço – processo de venda de títulos do governo que estão no seu ativo.
Ainda na quarta-feira, o Ibovespa recuperou o fôlego após a sinalização da autoridade monetária dos EUA, assim como Wall Street, que nesta sessão apontava uma abertura mais fraca, com o futuro do S&P 500 oscilando perto da estabilidade.
A perspectiva de prolongamento do ambiente de elevada liquidez global, em particular as sinalizações do BC norte-americano, tem apoiado ativos emergentes neste começo de ano, apesar das preocupações com a desaceleração global.
O ânimo no pregão paulista também encontrava suporte em expectativas positivas para a temporada de balanço no Brasil. Na quarta-feira, o Santander divulgou que o lucro cresceu 52%. Na sexta-feira é a vez do Itaú divulgar o balanço.
A sinalização do governo pela inclusão dos militares na reforma da Previdência também ajuda no bom humor do mercado brasileiro.
Vale
Após subir quase 10% no dia anterior, as ações da Vale operavam ligeira baixa de 0,32%. A empresa em recuperação, após a queda histórica de 24,5% na segunda-feira, por causa da tragédia de Brumadinho (MG). A ruptura de uma barragem com rejeitos de minérios matou pelo menos 99 pessoas, segundo último balanço divulgado pelas autoridades.
(Com Reuters)