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Fitch alerta para aumento de empresas brasileiras com nota rebaixada

Segundo relatório produzido pela agência de classificação de risco, as condições econômicas globais são responsáveis pelo cenário

Por Da Redação
9 out 2013, 18h51

As fracas condições econômicas globais devem estimular um número maior de rebaixamentos do que de elevações de notas de crédito (ratings) de empresas brasileiras no próximo ano, a conclusão é da agência de classificação de risco Fitch, que divulgou nesta quarta o relatório “Empresas Brasileiras: Cautela é Necessária”.

Os rebaixamentos de ratings de companhias brasileiras superaram as elevações em 1,2 vez desde o início deste ano, segundo relatório da agência de classificação de risco da agência Fitch, apresentado nesta quarta-feira. Das 108 empresas brasileiras analisadas pela agência, 16% apresentam perspectiva de rating negativa, ante 6% com perspectiva positiva.

Os ratings são notas de crédito que mostram o grau de risco de investimento de determinada companhia ou país. Eles funcionam com uma espécie de indicador, que mede o grau de recomendação de investimento na empresa.

“Com o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro em 1,5% no segundo trimestre, aumentam as incertezas sobre a capacidade de a economia brasileira se expandir mais rapidamente, após o Banco Central do Brasil ter elevado as taxas de juros quatro vezes recentemente,” afirmou, em nota, Debora Jalles, diretora de Finanças Corporativas da Fitch Ratings Brasil, que assina o relatório.

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“Embora estas medidas possam atenuar a alta inflação e sustentar o real, que se encontra desvalorizado, elas podem reduzir ainda mais a demanda do consumidor, pressionando as margens operacionais e a rentabilidade das companhias”, acrescentou.

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A Fitch destacou que a alavancagem (grau de endividamento) aumentou desde o início da crise econômica global. Em 31 de dezembro de 2012, o índice médio de alavancagem total ajustada das empresas brasileiras era de 4,2 vezes, enquanto o índice médio de alavancagem líquida atingiu 2,9 vezes. Em 2008, os indicadores foram de 2,9 e 2,2 vezes, respectivamente.

Outro ponto ressaltado pela agência é que o fluxo de caixa livre negativo também cresceu significativamente nos últimos dois anos, “devido ao grande volume de investimentos, que não deverão se reduzir no futuro”. Segundo a Fitch, com a maior parte das empresas pagando dividendos mínimos, apenas algumas podem aumentar a liquidez diminuindo o fluxo de pagamento de dividendos. “A liquidez robusta das empresas, por outro lado, é um ponto positivo, com o índice médio caixa/dívida de curto prazo em 1,4 vez em 31 de dezembro de 2012”, afirmou.

A agência diz ainda que o risco de inadimplência é pequeno, apesar dos fracos mercados de capitais. “A Fitch não prevê, para os próximos 12 meses, índices de inadimplência semelhantes aos reportados em 2008, tendo em vista a baixa exposição a instrumentos derivativos considerados prejudiciais e os saldos de caixa relativamente altos nos setores de maior risco”, disse. “Os setores de aviação, de açúcar e álcool e de proteínas estão entre os que oferecem maior risco.” Para a Fitch, o risco cambial, por sua vez, mostra-se administrável.

(com Estadão Conteúdo)

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