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Enrolada na Lava Jato, Engevix vende empresa para levantar capital

Empreiteira fechou a venda da Desenvix, de energias renováveis, para a sócia norueguesa Statkraft

Por Ana Clara Costa
13 fev 2015, 18h39

Atualizada em 13/02/2015 às 20h25

Foi fechada nesta sexta-feira a venda do primeiro ativo da empreiteira Engevix, envolvida na Operação Lava Jato, com o objetivo de capitalizar a companhia depois da paralisação de diversos empreendimentos ligados à Petrobras. A operação foi antecipada pelo site de VEJA na terça-feira. O grupo, cujo vice-presidente, Gerson Almada, está preso na sede da Polícia Federal de Curitiba, fechou a venda da Desenvix, empresa de energias renováveis, para a gigante norueguesa Statkraft, segundo fato relevante protocolado na Comissão de Valores Mobiliário (CVM). A Statkraft já era dona de 44% da Desenvix e, agora, deterá o controle da empresa, ao adquirir os 36,85% de participação da Engevix, o que totaliza o controle de 81,3% do capital da empresa. Os 18,7% restantes serão mantidos com a Funcef, o fundo de pensão dos funcionários da Caixa. O valor da operação é de 500 milhões de reais, segundo a Engevix.

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A Desenvix é o braço de energias renováveis da empreiteira, que possui geradoras e transmissoras de energias elétrica, eólica e de biomassa. A capacidade de geração total da subsidiária é de 349 magawatts. A venda ajudará a Engevix a levantar capital enquanto muitas de suas obras estão paradas devido aos desdobramentos da Operação Lava Jato. Um de seus principais empreendimentos é a refinaria de Abreu e Lima, em Pernambuco. Em novembro, o site de VEJA revelou que um dos consórcios liderados pela empreiteira havia conseguido liminar na Justiça para paralisar a obra da refinaria devido ao não recebimento de pagamentos da Petrobras. A empresa também tenta negociar um acordo de leniência junto à Controladoria Gerald a União (CGU).

Outros ativos que estão sendo negociados pelos executivos da Engevix são os aeroportos de Brasília e São Gonçalo do Amarante (Rio Grande do Norte). No primeiro, a empreiteira detém 50% do consórcio que opera o empreendimento, por meio de sua subsidiária Infravix. Está também na mesa de negociações o estaleiro Ecovix, um dos maiores do Brasil, que foi criado em 2010 para construir cascos de plataformas de exploração de petróleo para a Petrobras.

A operação ainda está sujeita à aprovação de órgãos reguladores e da Funcef. Se concluída, a Statkraft controlará todos os ativos da Desenvix, que consistem em seis usinas hidrelétricas, um complexo eólico na Bahia formado por três usinas, participações minoritárias em dois ativos de transmissão de energia e quatro usinas hidrelétricas.

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