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Em 3ª queda, dólar fecha abaixo de R$ 4,10 com cenário eleitoral

Mercado aguarda divulgação de novas pesquisas eleitorais para avaliar impacto do ataque a Bolsonaro sobre o pleito de outubro

Por Reuters Atualizado em 10 set 2018, 23h02 - Publicado em 10 set 2018, 17h42

O dólar terminou em baixa pelo terceiro pregão consecutivo, em menos de 4,10 reais, num movimento de ajuste ao cenário político após o atentado sofrido na quinta-feira pelo candidato do PSL à Presidência, Jair Bolsonaro, que levou os investidores a avaliar que a esquerda perderia fôlego nas eleições.

O dólar recuou 0,26%, foi a 4,0935 reais na venda, acumulando, nas três sessões seguidas de baixa, 1,44%. Na mínima, a moeda marcou 4,0520 reais, na abertura, e na máxima, 4,1283 reais. O dólar futuro subia cerca de 0,8%.

“O atentado alimentou animador desempenho dos ativos locais, tendo como leitura majoritária o potencial fortalecimento de candidatos de centro-direita e direita (especialmente o próprio Bolsonaro) nas eleições do próximo dia 7 de outubro”, explicou mais cedo a H.Commcor Corretora em relatório, chamando atenção para pesquisa encomendada pelo BTG divulgada nesta segunda-feira.

Pelo levantamento, Bolsonaro ampliou a liderança após o atentado, passando para 30% das intenções de voto, ante 26% na semana passada. Após levar uma facada na quinta-feira, o candidato, que permanece internado em São Paulo, disse pelo Twitter que logo estará 100% e que não dará o “gosto” de ficar fora do pleito para aqueles que desejam isso.

“Em síntese, e tendo como base essa pesquisa, Bolsonaro segue ganhando terreno, o que pode ter sido potencializado pelo atentado ou não (pode ter sido coincidência), mas de todo modo tende a embasar o bom humor no mercado”, completou a H.Commcor Corretora.

O mercado avalia os candidatos de esquerda como os mais propensos ao aumento de gastos e da dívida pública, e agora aguarda outros levantamentos para ajustar suas posições, entre eles o do Datafolha, esperado para após o fechamento do mercado nesta segunda-feira, e o Ibope, na terça-feira à noite.

Boletim médico divulgado nesta segunda-feira pelo Hospital Albert Einstein informou que Bolsonaro permanece na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e ainda está em estado grave. Esse foi o primeiro boletim médico a apontar o estado de saúde de Bolsonaro como “grave”, em uma mudança de tom com relação ao boletim da manhã de domingo, que falava em “nítida melhora clínica e laboratorial”.

Embora o atentado tenha dado maior visibilidade a Bolsonaro e possa impulsionar sua candidatura, analistas e economistas avaliam que o quadro ainda continua bastante incerto, o que justifica a cautela dos agentes. Por essa razão, muitos dos investidores que venderam moeda na quinta-feira compraram de volta nessa sessão, impedindo que o tombo da abertura se mantivesse.

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Além do cenário eleitoral, os investidores ainda monitoraram os efeitos da guerra comercial americana depois que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, alertou que está pronto para seguir adiante e aplicar tarifas sobre mais 267 bilhões de dólares, além dos 200 bilhões de dólares sobre bens importados da China que devem ser taxados nos próximos dias.

O dólar operava em baixa ante uma cesta de moedas, mas flutuava ante divisas emergentes.

 

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