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Dolly diz estar à beira da falência e pede recuperação judicial

Sem a proteção judicial, a companhia afirma que teria que demitir mais funcionários nos próximos dias, sem conseguir pagar os direitos trabalhistas

Por Redação
27 jun 2018, 10h31

A fabricante de refrigerantes Dolly entrou com pedido de recuperação judicial na Justiça de São Paulo nesta quarta-feira. Segundo a empresa, a medida tenta evitar que o negócio vá a falência após suas contas terem sido bloqueadas sob a acusação de sonegar 4 bilhões de reais em impostos.

Sem a proteção judicial, a companhia afirma que teria que demitir mais funcionários nos próximos dias, sem conseguir pagar os direitos trabalhistas – na última semana, a Dolly demitiu 700 empregados e fechou sua fábrica em Tatuí, em São Paulo. A empresa ainda mantém duas unidades funcionando normalmente, em São Bernardo e Diadema.

No processo de recuperação judicial, a Dolly solicita o desbloqueio de suas contas e a volta dos administradores afastados para a gestão da companhia. A empresa alega que o bloqueio inviabiliza a manutenção de suas operações.

O dono da Dolly, Laerte Codonho, chegou a ser preso em maio durante operação da polícia e Ministério Público contra sonegação fiscal. Na ocasião, ele culpou a Coca-Cola pela sua detenção num recado escrito em folha de sulfite.

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De acordo com o Ministério Público, a Ragi Refrigerantes – nome oficial da Dolly – pagou menos contribuições previdenciárias e sociais do que deveria entre os anos de 1999 e 2001. Os recursos faltantes eram destinados a programas que financiam o Incra, Senai, Sesi, Sebrae e Fundo Nacional para o Desenvolvimento da Educação (FNDE).

O caso veio à tona após o INSS – órgão federal responsável pela arrecadação previdenciária – notar queda nos valores pagos pela empresa nesse período. O órgão público fez uma fiscalização e acusou a empresa de fraude.

O juiz federal Márcio Martins de Oliveira, responsável pela sentença, considerou que a dona da Dolly simulou os contratos. A empresa também cometeu outras irregularidades, como a não emissão de notas fiscais, folhas de pagamento e recibos de prestação de serviço.

Na ocasião, a empresa informou que a prisão era injusta. “Laerte Codonho sempre colaborou com as autoridades e tem certeza que provará sua inocência. A defesa recorrerá da decisão e confia na Justiça.”

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