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Dólar sobe e fecha a R$ 3,99, o maior valor desde outubro de 2018

Cenário externo e demora na aprovação da reforma da Previdência na CCJ da Câmara impulsionam a cotação da moeda

Por Clara Valdiviezo Atualizado em 24 abr 2019, 19h28 - Publicado em 24 abr 2019, 18h19

O dólar subiu 1,62% nesta quarta-feira, 24, e fechou negociado, em média, aos 3,9863 reais, atingindo a maior cotação desde 1º de outubro de 2018, quando a moeda bateu nos 4,01 reais. A alta ocorreu principalmente devido ao movimento global de valorização do dólar em relação a moedas de outros países. A demora na aprovação da reforma da Previdência na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados também deixou os investidores cautelosos e impulsionou a valorização da moeda.  

A moeda americana abriu o dia em alta em relação a outras divisas mundiais. Entretanto, a valorização em relação ao real foi mais forte do que a da escala global. Isso ocorreu por causa do cenário interno de desânimo dos investidores em relação à aprovação das novas regras da aposentadoria.

O cenário externo foi marcado por sinais de força da economia dos Estados Unidos em relação ao resto do mundo e por notícias sobre impasses nas negociações entre os partidos trabalhista e conservador no Reino Unido, o que implica em um movimento de desconfiança dos investidores estrangeiros sobre a forma que se dará o Brexit.

O valor do dólar de 3,9863 reais é a cotação da moeda utilizada em negociações comerciais, considerada uma referência para o mercado. Já para quem vai viajar, a cotação utilizada é a do dólar turismo, que fechou negociado para a venda a 4,15 reais, em média, com uma alta de 1,7% no dia. 

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A enorme dificuldade de o governo em aprovar a reforma da Previdência na CCJ, ainda no primeiro passo da tramitação da PEC no Congresso, considerado o mais fácil, trouxe desânimo ao mercado financeiro. “O investidor vai esperar para investir no país. Enquanto não sair a Previdência e ficar essa dúvida se será aprovada ou não, o mercado vai se proteger”, afirma o gerente de câmbio da Treviso Corretora, Reginaldo Galhardo.

Após três dias seguidos de alta, o Ibovespa, principal índice da bolsa de valores brasileira, caiu 0,92% nesta quarta-feira e fechou aos 95.045,43 pontos, devido ao desânimo relacionado à reforma da Previdência. “Os deputados não fizeram mais do que a obrigação. Não é uma nova boa notícia, era que já se esperava“, afirma André Perfeito, economista da Necton.

A queda da bolsa também foi impactada pela retração do mercado acionário mundial. “Foi um dia ruim para o mercado financeiro como um todo”, afirma Perfeito.

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