Dólar fecha abaixo de R$ 4,19 na 1ª vez em 3 semanas; bolsa bate recorde
Guerra comercial entre Estados Unidos e China e indicativos de recuperação da economia no Brasil influenciaram o mercado nesta quinta-feira, 5
Em alta, o mercado financeiro seguiu orientado pelas notícias sobre as negociações comerciais entre Estados Unidos e China e os sinais de retomada da economia brasileira, nesta quinta-feira, 5.
O dólar comercial fechou no menor patamar em três semanas, negociado a 4,19 reais para a venda, com recuo de 0,33% e o câmbio se alinhando ao movimento da moeda norte-americana no exterior. É o menor patamar para um fechamento desde 13 de novembro, quando chegou ao nível de 4,1869 reais.
As declarações do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, têm oscilado com frequência, o que deixa investidores confusos. Durante o dia, as principais bolsas de valores de Wall Street variaram entre altas e quedas, com investidores citando as incertezas sobre o tema.
“Essa questão (guerra comercial) tem influenciado o dólar no mundo e, claro, aqui também. Mas, por causa do cenário local, acredito que haja chance de a moeda voltar até o fim do ano para 4,10 reais e, em 2020, para cerca de 4 reais”, disse Luciano Rostagno, estrategista-chefe do Banco Mizuho do Brasil.
De acordo com pesquisa feita pela Reuters, há expectativa de que a moeda americana gire em torno em 3,97 reais em um ano, segundo mediana das projeções de 27 estrategistas consultados entre 2 e 4 de dezembro. “O dólar tende a voltar a um patamar menor (que o atual), o que condiz mais com a realidade atual da nossa economia”, disse Fabrizio Velloni, chefe da mesa de câmbio e sócio da Frente Corretora.
Já o Ibovespa, principal índice da bolsa de valores de São Paulo, a B3, subiu 0,29% nesta quinta-feira, batendo novo recorde. O indicador encerrou o pregão aos 111.072 pontos. A máxima anterior foi registrada na véspera, quando a bolsa alcançou os 110.301 pontos.
As ações brasileiras têm encontrado suporte em indicativos que as atividades econômicas no país estão sendo retomadas, principalmente com a consolidação do resultado acima do esperado do Produto Interno Bruto (PIB) do terceiro trimestre nesta semana. Economistas do Credit Suisse estimaram nesta quinta-feira que o cenário de reformas no país deve continuar nos próximos dois anos, ajudando a proporcionar um ambiente de inflação e juros baixos, com crescimento mais forte da economia.
(Com Reuters)