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Ibovespa fecha acima dos 110 mil pontos e bate recorde

Recuperação da atividade econômica, alta de commodities e possível acordo comercial entre China e Estados Unidos fazem bolsa subir 1%

Por Lucas Cunha Atualizado em 4 dez 2019, 18h29 - Publicado em 4 dez 2019, 18h15

O Ibovespa, principal índice da bolsa de valores de São Paulo, a B3, subiu 1,2% nesta quarta-feira, 4, e, pela primeira vez, fechou acima da marca psicológica de 110 mil pontos, batendo novo recorde. O indicador encerrou o pregão aos 110.301 pontos. A máxima anterior foi registrada no dia 7 de novembro, quando a bolsa chegou aos 109.580 pontos.

O aumento dos preços de petróleo e minério de ferro — que apreciou as ações da Petrobras e Vale —, o crescimento acima do esperado do Produto Interno Bruto (PIB), divulgado na terça-feira, 3 — que denotou um quadro de recuperação da atividade econômica do país —, e a possibilidade de trégua na guerra comercial travada entre Estados Unidos e China influenciaram na valorização dos papéis.

“A alta expressiva de algumas commodities, como o petróleo e o minério de ferro, além da boa recepção dos planos estratégicos que a Petrobras e a Vale divulgaram para os investidores, contribuíram para a subida do Ibovespa“, afirma Glauco Legat, analista-chefe da Necton.

Outra notícia positiva também contribuiu para que a bolsa conquistasse esse recorde. A produção industrial cresceu 0,8% em outubro na comparação com setembro, informou o IBGE, superando as expectativas. Este foi o terceiro mês seguido de expansão do setor primário. De quebra, foi o melhor resultado desde 2012. “O desenvolvimento da indústria renovou o fôlego do setor, que costumava amargar índices não tão favoráveis”, diz Simone Pasianotto, economista-chefe da Reag Investimentos.

Guerra comercial

No cenário internacional, investidores receberam com otimismo a notícia de que Estados Unidos e China estariam próximos de um consenso sobre a guerra tarifária. “As discussões estão indo muito bem e vamos ver o que acontece”, disse o presidente americano, Donald Trump, a repórteres em uma reunião de líderes da Otan perto de Londres.

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A tensão diminuiu ainda mais depois que a Bloomberg informou que os dois lados estão mais perto de concordar com quantas tarifas serão revertidas na “fase um” de um pacto comercial. No dia anterior, o clima foi de prudência diante das alegações feitas por Trump sobre o adiamento do acordo comercial com os chineses para depois das eleições presidenciais de 2020.

Otimismo

Ainda reverbera a divulgação, feita na véspera, de que o PIB teve alta de 0,6% no terceiro trimestre de 2019, na comparação com o segundo trimestre. O otimismo com a economia do Brasil sustentou parcela da alta do Ibovespa. “O resultado do PIB confirmou a leitura de que há uma clara melhora em comparação ao final de 2018 e começo de 2019”, disse Thiago Xavier, da consultoria Tendências. “À luz de uma leitura inicial dos dados do terceiro trimestre, espera-se que o crescimento de 2019 aproxime-se de 1,2% (e não mais 0,9%), e também motiva viés positivo para a projeção de 2020, atualmente em 1,8%.”

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