Dólar cai para R$ 3,84 e Ibovespa sobe 0,97% impulsionado por bancos
Moeda americana fechou a sexta-feira (13) em baixa de 0,88%, enquanto Bovespa teve a terceira semana consecutiva de alta
Na segunda semana consecutiva sem intervenção do Banco Central no mercado de câmbio, o dólar resiste a testar patamares mais baixos e vem oscilando na casa dos 3,80 reais a 3,90 reais.
Nesta sexta-feira (13), na ausência de notícias domésticas capazes de influenciar as cotações da moeda americana no Brasil, a moeda seguiu basicamente o cenário externo, em dia marcado pelo aumento do risco por risco de países emergentes. Com isso, o real teve o melhor desempenho ante o dólar entre as principais moedas do mundo. O dólar à vista fechou em 3,8497 reais, em baixa de 0,88%. Na semana, a queda acumulado foi de 0,43%.
O BC manteve a estratégia de outros dias e fez apenas o leilão diário de rolagem de contratos de swap (venda de dólar no mercado futuro), em operação que somou US$ 700 milhões. Operadores relatam que com a maior disposição a tomar risco de investidores externos, houve entrada de recursos no País. Uma captação externa da Cemig, de US$ 500 milhões, precificada na quinta-feira (12), também contribuiu para pressionar para baixo as cotações no câmbio. Foi a primeira emissão externa de uma empresa brasileira desde maio. A demanda pelos papéis chegou a US$ 1 bilhão.
Já o Índice Bovespa deu continuidade nesta sexta-feira (13) ao sinal positivo da véspera e fechou em alta de 0,97%, alcançando 76.594,35 pontos. Em um pregão de noticiário doméstico escasso, a influência das bolsas internacionais prevaleceu, com a contribuição da alta dos preços do petróleo e da queda do dólar ante o real.
Nas mesas de operações, profissionais voltaram a citar um restabelecimento de fluxo externo no mercado brasileiro. No acumulado da semana, a terceira consecutiva de alta, o Ibovespa subiu 2,11%.
A ausência de novos desdobramentos no atrito comercial entre Estados Unidos e China e a maior aproximação da Casa Branca com o Reino Unido mantiveram o clima mais ameno entre os investidores, que voltaram a buscar ativos de risco.
Quanto ao fluxo de recursos, houve ingresso líquido de R$ 765,1 milhões na B3 na última quarta-feira (11), o que leva o acumulado de julho a um saldo positivo de R$ 1,3 bilhão. No acumulado do ano, o saldo de capital estrangeiro na bolsa em 2018 está negativo em R$ 8,58 bilhões.
Na análise por ações, os ganhos foram mais uma vez determinados pelos papéis do setor financeiro, bloco que acumula a maior valorização no mercado em julho. A expectativa por balanços financeiros mais positivos é um dos fatores a alavancar esses papéis, que há semanas eram líderes de perdas na Bolsa. No pregão desta sexta, os destaques ficaram com Banco do Brasil ON (+2,54%), B3 ON (+3,30%) e Itaú Unibanco PN (+2,55%).