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Dólar bate 5,70 reais com tensão por Selic e piora na avaliação do país

Possibilidade de corte mais agressivo na taxa de juros, aliado à deterioração do cenário econômico, fizeram o dólar fechar o dia cotado em nova máxima

Por Felipe Mendes Atualizado em 6 Maio 2020, 18h25 - Publicado em 6 Maio 2020, 18h15

O rali do câmbio ganhou uma nova marca nesta quarta-feira, 6. Com o mercado pressionado pela possibilidade de um corte na taxa de juros, a Selic, o dólar escalou e registrou novo recorde nominal frente ao real. Somado aos juros mais baixos, que tornam menos atrativos os investimentos no Brasil e levam à fuga de moeda, o mercado também aumentou a tensão com a piora da avaliação de risco do país, feita na véspera pela agência Fitch Ratings. Na sessão, o dólar turismo avançou 0,3%, terminando o dia cotado a 5,93 reais.

O anúncio do corte na taxa básica de juros da economia foi feito após o fechamento do mercado, o Banco Central cortou 0,75 pontos porcentuais, em linha com que esperava o mercado financeiro.

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Na terça-feira, a agência de classificação de risco Fitch Ratings, revisou para negativa a perspectiva para a nota de crédito do Brasil, citando fatores como a deterioração do cenário econômico e fiscal do país devido a pandemia do coronavírus e a renovada incerteza política. A instituição manteve a nota de crédito do país em BB-, abaixo do grau de investimentos recomendável para atrair capital estrangeiro. “A pandemia e a recessão relacionada vão incrementar ainda mais o endividamento público, erodindo a flexibilidade fiscal e aumentando a vulnerabilidade e a choques”, disse a Fitch.

Para André Perfeito, economista-chefe da Nécton, o ambiente conturbado da política doméstica pode levar a moeda americana a atingir patamares mais altos este ano. “Se não tiver um sentimento de mais tranquilidade no front político, isso vai se traduzir em mais incômodo no mercado financeiro”, diz Perfeito. “Minha projeção é que o dólar termine o ano cotado a 5,80 reais”.

O tumultuado cenário político do país também influencia na tensão do mercado, causando a escalada da moeda, avalia Pablo Spyer, diretor de operações da corretora Mirae Asset. “O Risco do Brasil chegou a bater 330, subindo quase 4% no intradia, evidenciando que a crise política pode impactar nas reformas estruturais que ainda não foram realizadas pelo governo”, disse. “A probabilidade implícita de um corte de 0,75 ponto percentual para a taxa de juros também subiu. São fatores que fizeram com que o real tivesse o pior desempenho na cesta de 24 moedas emergentes”, complementa.

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