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Dados do seguro-desemprego nos EUA diminuem o temor de recessão

Analistas avaliam queda nos pedidos de seguro-desemprego nos EUA como um alívio momentâneo, mas risco de recessão ainda preocupa

Por Camila Pati 8 ago 2024, 11h57

Os dados recentes sobre os pedidos semanais de seguro-desemprego nos Estados Unidos, que registraram uma queda, foram recebidos com alívio, mas também com cautela pelos analistas de mercado. Com 233 mil novas solicitações, o número ficou abaixo tanto do registrado na semana anterior quanto das expectativas. No entanto, a redução foi modesta, com 17 mil pedidos a menos. Esses indicadores do mercado de trabalho são cruciais para o Federal Reserve (Fed) em suas decisões sobre cortes na taxa de juros.

Sidney Lima, analista CNPI da Ouro Preto Investimentos, destaca que esses dados afastam o temor de uma recessão iminente e indicam que não há necessidade imediata de cortes nos juros nos EUA. “A queda nos pedidos de seguro-desemprego afastou um grande temor de um desvio significativo das expectativas, como ocorreu com o payroll,” comenta, referindo-se à criação de novas vagas no país, que recentemente desapontou o mercado.

Jefferson Laatus, chefe-estrategista do grupo Laatus, também vê o resultado de forma positiva. “O resultado mostra que a economia americana não está desacelerando tão abruptamente, o que ameniza o receio de uma recessão iminente,” afirma.

Para Volnei Eyng, CEO da gestora Multiplike, a desaceleração mais suave da economia americana sugere que o país está conseguindo evitar um pouso forçado, o que provocou uma resposta imediata no mercado financeiro. “Assim que os dados foram divulgados, observamos uma reação positiva nas bolsas americanas e na curva de juros, refletindo o alívio do mercado quanto às preocupações de uma recessão severa,” explica. Ele acrescenta que um cenário econômico mais estável nos EUA pode levar o Banco Central do Brasil a ajustar suas expectativas em relação à Selic. “Se a economia americana continuar mostrando sinais de desaceleração controlada, isso pode influenciar a política monetária brasileira, com uma expectativa de alta na Selic até o final do ano.”

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No entanto, Fábio Murad, sócio da Ipê Avaliações, adverte que, apesar do alívio temporário, as preocupações com uma possível recessão permanecem, especialmente devido à fraca criação de novos empregos. “A criação de apenas 114 mil vagas não agrícolas em julho, muito abaixo das 175 mil esperadas, sinaliza que a maior economia do mundo pode estar desacelerando,” alerta Murad. Ele ressalta que se o corte na taxa de juros previsto para setembro for adiado, as consequências podem ter impacto global, afetando especialmente os países emergentes, como o Brasil. “No Brasil, a expectativa de uma recessão nos EUA e a possível queda das taxas de juros pelo Fed podem ter impactos significativos. Com a inflação ainda sendo uma preocupação e o dólar subindo fortemente nas últimas semanas, o Banco Central do Brasil pode ser pressionado a aumentar a taxa Selic até o final do ano.”

Alex Andrade, CEO da Swiss Capital Invest, adota uma postura cautelosa, alertando que a perspectiva de recessão continua a ser uma preocupação. “Os investidores já perceberam há algum tempo a demora na redução das taxas de juros nos Estados Unidos. Essa situação sugere a presença de uma recessão,” diz Andrade.

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