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Corte contundente tem Campos Neto como fiel da balança

Redução de 0,5 ponto percentual teve cinco votos a favor, enquanto outra parte do Copom preferia queda menor, de 0,25 ponto

Por Larissa Quintino Atualizado em 3 ago 2023, 11h39 - Publicado em 2 ago 2023, 19h41

Horas antes da divulgação da decisão do Comitê de Política Monetária, que cortou a Selic em 0,5 ponto percentual e levou a taxa para 13,25% ao ano, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, recebeu um forte ataque do presidente Luiz Inácio Lula da Silva — “ele não entende nada de Brasil”, bradou Lula, ao pressionar sobre a redução da taxa básica. Ironicamente, foi do comandante do BC o voto decisivo para que os juros caíssem de forma mais contundente.

Segundo o comunicado da reunião, votaram a favor do corte de meio ponto os diretores Otávio Ribeiro Damaso, Ailton de Aquino Santos, Carolina de Assis Barros, Gabriel Muricca Galípolo — os dois últimos, recém-indicados por Lula — e Roberto Campos Neto. Na composição do comitê, o presidente é o último a votar, logo, Campos Neto desempatou a questão a favor do corte maior e, de quebra, sinaliza para diminuir a pressão política que vem sofrendo da gestão política.

O voto de Campos Neto divergiu da visão de diretores mais próximos, como Diogo Guillen, Fernanda Guardado e Renato Dias de Brito Gomes, indicados por ele em 2021. Os três, junto com Maurício Moura, deram quatro votos favoráveis à redução de 0,25 ponto, adotando cautela maior sobre o corte de juros.

Haddad

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, comemorou a queda dos juros e disse que a redução representa um alento para a economia e indica que o governo está no caminho certo. Para o ministro, as divergências entre o governo e o BC são normais. Ele evitou comentar a declaração de Lula e classificou o voto de Campos Neto como técnico, e não político. “Por conhecê-lo já há oito meses, tenho certeza de que ele votou com aquilo que ele conhece de economia, com aquilo que domina do país. É um voto técnico e calibrado. Não significa que houve uma concessão do Banco Central”, afirmou.

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