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Como a criação de empregos nos EUA pode favorecer Trump na eleição

Ao todo, 1,4 milhão de empregos foram criados em agosto e a taxa de desemprego caiu para 8,4%: boa notícia para os planos de reeleição

Por Luisa Purchio Atualizado em 1 out 2020, 11h14 - Publicado em 4 set 2020, 10h41

Dados divulgados na manhã desta sexta-feira, 4, pelo Departamento de Trabalho dos Estados Unidos mostram que a economia americana continua sua trajetória de recuperação, apesar de ter velocidade menor que a ocorrida nos meses anteriores. O Payroll de agosto mostra que 1,4 milhão de empregos foram criados. Em julho, foram 1,7 milhão e, em junho, 4,8 milhões. A taxa de desemprego, por sua vez, reduziu acima de 2 pontos porcentuais, para 8,4%. O número é muito inferior ao pico de abril da pandemia do novo coronavírus, de 14,7%, mostrando mais uma vez que o pior ponto da crise na maior economia do mundo foi superado. O alívio na pressão do desemprego, que deve aliviar os ânimos nos mercados mundo afora após a queda as ações de tecnologia na véspera, é uma boa notícia principalmente para o presidente dos EUA, Donald Trump. Em uma corrida eleitoral acirrada, sinais de melhora econômica são fundamentais para sua retórica por votos.

Trump, inclusive, foi ao Twitter celebrar os dados do Payroll. “Uau! Muito superior que o esperado!”, exclamou na publicação. Mesmo que a recuperação do emprego esteja em menor velocidade que nos meses anteriores, os dados de agosto são um alento ao presidente diante dos mercados, já que um de seus focos é incentivar o mercado de trabalho.

“Os dados vieram em linha com a expectativa do mercado é trazem uma boa notícia para um mês que tende a ser complicado devido à queda nas ações de tecnologia. É uma sinalização que, pelo menos na área de emprego, os Estados Unidos estão indo bem. Isso é bem visto pelo mercado e favorece Trump”, diz André Perfeito, economista-chefe da Necton.  Setembro se iniciou com uma queda aguda nas ações de tecnologia, o que levou o S&P 500 a ter na quinta-feira o pior dia desde junho. Hoje, no entanto, os mercados futuros já apontavam para uma leve alta por volta das 10h20, após a divulgação dos dados. O Dow Jones mini crescia 0,63%, para 28.530 pontos, e o S&P mini tinha alta de 0,17%, para 3.467,25 pontos. Por aqui,  Ibovespa futuro, por sua vez, crescia 0,44% no horário, para 101.360 pontos.

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O crescimento abaixo que o registrado nos meses anteriores se deve à falta da renovação de um pacote de estímulo à economia americana, como os auxílios às pequenas empresas. Além disso, a ajuda de 600 dólares para desempregados, que expirou no final de julho, ajudou muitas famílias a manterem o consumo, o que contribuiu para a recuperação das empresas. Apesar de terem sido prorrogados até setembro via decreto pelo presidente norte-americano, os benefícios mais robustos dependem do entendimento entre republicanos e democratas no Congresso. Entretanto, a criação de empregos e diminuição do desemprego, mesmo em ritmo menor, é uma vitória para Trump, pois mostra que há reação da economia mesmo com estímulos menores que nos meses anteriores.

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