Chipre quer concluir negociações com credores nesta semana
Assim, ilha receberia em maio a ajuda financeira de 10 bilhões de euros pré-acordada com a troika há uma semana
O Chipre espera concluir nesta semana as negociações com a troika, grupo de credores internacionais, sobre o programa de condições ligado ao resgate de 10 bilhões de euros, pré-acordado há uma semana. A expectativa da ilha é que já receba em maio a ajuda financeira.
O objetivo é que no final da semana se encerrem as conversas com a equipe da troika (Comissão Europeia, Banco Central Europeu e Fundo Monetário Internacional), que está há várias semanas na ilha. Os resultados das negociações serão levados para a reunião do Eurogrupo, que será realizada em 12 de abril, em Dublin (Irlanda).
Caso o Eurogrupo dê sinal verde ao memorando, o acordo deverá ser votado posteriormente nos Parlamentos dos países da União Europeia, como exige a legislação. De acordo com a imprensa do Chipre, a votação no Parlamento europeu está previsto para a terceira semana de abril.
Segundo o jornal Politis, entre as medidas de ajuste que se discute está o corte dos salários do setor público em 5% e a demissão de dois mil funcionários do Ministério da Educação. Em entrevista publicada neste fim de semana, o presidente do Chipre, Nikos Anastasiades, negou a existência de um plano de demissões.
No entanto, o ministro das Finanças, Michalis Sarris, disse alguns dias antes que não espera um ‘corte significativo’ nos salários públicos, mas não descartou a possibilidade de redução dos rendimentos. Entre os compromissos adotados pelo Chipre estão uma grande reestruturação bancária, um amplo plano de reformas estruturais, privatizações e o aumento de impostos para empresas.
Anastasiades anunciou neste fim de semana medidas urgentes para relançar a economia e o investimento estrangeiro, entre elas isenções fiscais para o lucro reinvestido e a abertura de cassinos. Também foi anunciado o confisco de 37,5% das poupanças acima de 100 mil euros, quer serão transformadas em ações do Banco do Chipre, maior do país. Além disso, a liberação de outros 22,5% estará sujeita à desnecessidade de mais capitalização da instituição.
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(com agência EFE)