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Banco Central reduz taxa de juros em 0,5 ponto e Selic vai a 12,25% ao ano

Terceiro corte consecutivo já era esperado pelo mercado financeiro

Por Pedro Gil Atualizado em 1 nov 2023, 19h04 - Publicado em 1 nov 2023, 18h33

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central reduziu em 0,50 ponto percentual a taxa de juros, de 12,75% para 12,25% ao ano, em consonância com a expectativa do mercado. Foi a terceira queda consecutiva na Selic e, com isso, a taxa chegou em seu menor patamar desde 2022.

No  comunicado, o colegiado destaca o ambiente externo “adverso, em função da elevação das taxas de juros de prazos mais longos nos Estados Unidos, da resiliência dos núcleos de inflação em níveis ainda elevados em diversos países e de novas tensões geopolíticas”, enquanto no cenário doméstico a “inflação segue trajetória de desinflação” e o “conjunto dos indicadores de atividade econômica segue consistente com o cenário de desaceleração da economia nos próximos trimestres”.

Apesar de seguir no ritmo de corte na Selic — e sinalizar a continuidade das reduções na mesma magnitude — o BC prega cautela: “A conjuntura atual, caracterizada por um estágio do processo desinflacionário que tende a ser mais lento, expectativas de inflação com reancoragem apenas parcial e um cenário global desafiador, demanda serenidade e moderação na condução da política monetária”. 

O processo de desinflação é a principal justificativa do BC para o ciclo de baixas. Nos 12 meses encerrados em setembro, o IPCA — índice oficial de inflação do país — ficou em 5,19%. No mesmo período do ano passado, o acumulado estava em 7,17%, em grande parte pelo efeito deflacionário do corte de impostos sobre os combustíveis, recompostos neste ano.

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Além da inflação, o BC também está de olho na questão fiscal. Na semana passada, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que “dificilmente” o Brasil cumpriria a meta fiscal de zerar o déficit em 2024. A declaração do presidente não foi bem recebida por agentes do mercado, Congresso e nem no Ministério da Fazenda. No início da semana, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que não há alteração na meta, porém há sinalizações dentro do governo para alterar para um déficit de até 0,5% do PIB. No comunicado, o comitê reforçou a necessidade de “perseverar com uma política monetária contracionista até que se consolide não apenas o processo de desinflação como também a ancoragem das expectativas em torno de suas metas”.

Mais cedo, o Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos), manteve os juros do país inalterados, em uma faixa de 5,25% a 5,50% ao ano. Esse continua sendo o maior nível das taxas desde 2001. A decisão já era esperada pelo mercado. Em comunicado, o Fed informou que indicadores recentes sugerem que a atividade econômica do “país avançou em um ritmo forte” no terceiro trimestre.

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