Banco central americano mantém taxa de juros no intervalo de 5,25% a 5,5%
Referencial permaneceu inalterado pela terceira reunião consecutiva; taxa é a maior no país desde 2001
O Federal Reserve, o banco central dos Estados Unidos, anunciou a manutenção da taxa de juros do país em um intervalo entre 5,25% a 5,5% ao ano. A decisão já era esperada pelo mercado após os dados de estabilidade da inflação, apesar de um mercado de trabalho ainda aquecido.
O patamar dos juros é o maior desde 2001 no país.
“Indicadores recentes sugerem que o crescimento da atividade econômica abrandou em face do ritmo forte registado no terceiro trimestre. Os ganhos de emprego moderaram-se desde o início do ano, mas permanecem fortes, e a taxa de desemprego permaneceu baixa. A inflação diminuiu ao longo do ano passado, mas permanece elevada”, destaca o Fed, em comunicado. O presidente do banco, Jerome Powell, deve conceder entrevista coletiva à imprensa ainda nesta tarde.
Os dirigentes do Fed destacaram que as condições financeiras e de crédito mais restritivas para famílias e empresas deverão ter efeitos na atividade econômica, desacelerando a inflação. Em novembro, o CPI chegou a 3,1% na taxa anualizada, continuando sua trajetória acima da meta de 2%. O Fed afirma que “permanece muito atento aos riscos de inflação”.
No Brasil, investidores seguem na expectativa pela decisão do Comitê de Política Monetária do Banco Central, que será divulgada nesta quarta-feira após o fechamento do mercado. O consenso entre os investidores é que o BC brasileiro siga sua trajetória na queda de juros. O corte esperado é de 0,5 ponto, o que levaria a Selic para 11,75% ao ano.