Após cinco dias de queda, Ibovespa se anima com Previdência e sobe 1,8%
Ações da Petrobras tiveram forte alta de 4,72%, após a valorização do petróleo no mercado externo
O Ibovespa, principal índice da bolsa de valores brasileira, registrou alta de 1,76%, após cinco dias seguidos de queda. O pregão se encerrou aos 95.306,82 pontos, nesta terça-feira, 26, com melhoras no cenário de aprovação da reforma da Previdência.
O mercado voltou a se animar depois de uma série de notícias negativas, no final da última semana, em relação à reforma da Previdência, de acordo com o economista chefe da Guide Investimentos, Victor Candido. “As coisas estão voltando ao normal com o cenário político ficando melhor”, afirmou.
O economista ainda cita que o chamado “centro político” é a favor da reforma da Previdência, e que o mercado não acredita que as notícias negativas tenham repercutido o suficiente para que as novas leis da aposentadoria não sejam aprovadas.
O ministro da Economia, Paulo Guedes, não compareceu à reunião da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara (CCJ), onde daria início à primeira fase de tramitação do texto da reforma da Previdência. A notícia proporcionou a maior queda do pregão, que logo se normalizou com a declaração do Presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), demonstrando apoio a ausência do ministro.
“A maior queda de um papel foi pouco expressiva. O que mostra o ânimo do mercado”, segundo o economista. Entre as ações que mais caíram, estão Iguatemi (-1,24%) e Kroton (-0,98%).
Já a Petrobras teve forte alta de 4,72%, após a valorização do petróleo no mercado externo, influenciando o avanço do índice paulista. Os demais destaques positivos foram: Natura (9,73%), SID Nacional (6,31%) e JBS (4,71%).
Câmbio
O dólar subiu 0,24%, atingindo os 3,86 reais em seu valor de venda. A falta de Paulo Guedes à reunião da CCJ estressou a moeda norte-americana, que diferente da bolsa de valores paulista, não conseguiu se recuperar, por ser um ativo mais sensível às notícias, de acordo com o diretor da Mirae Asset, Pablo Spyer. “A moeda vai continuar volátil até a aprovação da reforma da Previdência”, afirma.