Alemanha escapa da recessão e PIB cresce 0,1% no 1º trimestre
Apesar do resultado fraco, país conseguiu registrar expansão econômica no começo do ano, ajudado pelo forte consumo privado
A economia da Alemanha evitou a recessão no início do ano, graças ao forte consumo privado, e registrou expansão do Produto Interno Bruto (PIB) de 0,1% no primeiro trimestre na comparação com os últimos três meses de 2012.
De acordo com o escritório federal de estatísticas Destatis, o consumo privado sustentou a atividade econômica, enquanto as exportações e o investimento das empresas recuaram. Já o consumo do governo não teve impacto significativo sobre o crescimento econômico no primeiro trimestre.
Apesar do resultado fraco, a economia da Alemanha continua a superar a da zona do euro, que mostrou em recessão no primeiro trimestre. Contudo, ao comparar o resultado dos três primeiros meses deste ano com igual período de 2012, o PIB alemão sofreu contração de 0,2% termos ajustados ao calendário.
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“O cenário fundamental permanece saudável, e prevemos uma aceleração da atividade econômica alemã no segundo semestre do ano”, disse Dirk Schumacher, economista-chefe do Goldman Sachs alemão, em Frankfurt. “As empresas devem ser menos relutantes em investir à medida que a perspectiva global melhora”, disse ele, prevendo uma recuperação sólida na atividade de construção.
O consumo privado na Alemanha aumentou 0,8% em relação ao trimestre anterior ajudado pelo baixo nível de desemprego e o aumento dos salários, acrescentando 0,4 ponto porcentual para a taxa de crescimento trimestral.
Investimento em máquinas e equipamentos recuou pelo sexto período seguido, com uma queda de 0,6% em relação ao quarto trimestre de 2012. O investimento em construção caiu 2,1%. Os dados são ajustados pela inflação e levam em conta variações sazonais, assim como o número de dias úteis em cada trimestre.
As exportações líquidas adicionaram 0,1 ponto porcentual para a taxa de crescimento trimestral da Alemanha, mas apenas porque as exportações caíram menos (-1,8%¨) do que as importações (-2,1%).
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(com Estadão Conteúdo)