Venda da Braskem começa a sair do papel
Bancos coordenadores da oferta vão iniciar o road show a possíveis compradores para a petroquímica que hoje pertence à Odebrecht e Petrobras
Depois de valorizar 60% no ano na bolsa, chegou a hora de botar a venda da Braskem na rua. A Odebrecht tem até o fim do ano para se desfazer do ativo, de acordo com seu plano de recuperação judicial, e estava esperando o melhor momento para reiniciar o processo. Segundo fontes próximas ao negócio, este momento chegou e a venda vai começar a esquentar nestes meses de abril e maio quando os coordenadores começarão a fazer road shows para buscar possíveis compradores. A Braskem tem um valor de mercado de quase 30 bilhões de reais e a Odebrecht divide o controle da empresa com a Petrobras. A estatal não tem obrigação de vender sua parte, mas já demonstrou interesse em sair do ativo.
A venda da petroquímica chegou a ser negociada, há dois anos, mas não foi para frente. Em 2020, com o desastre geológico em Maceió e a briga com o governo mexicano, o processo de venda foi paralisado. Com os dois assuntos equalizados, as ações da Braskem subindo e o dólar deixando a empresa barata para investidores estrangeiros, o momento ficou propício. Como vender ativos com prazo definido pode acabar forçando negociações menos favoráveis, os bancos credores da Odebrecht até concordaram em estender o prazo para fechamento do negócio para além de 2021 desde que pelo menos haja negociações firmes na mesa até o fim do ano.
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