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Sinais do Congresso e dos supermercados elevam otimismo na economia

Avanço da reforma tributária e arcabouço e surpresa feliz com a inflação animam investidores; bolsa bate recorde do ano

Por Felipe Erlich Atualizado em 12 jun 2023, 14h58 - Publicado em 10 jun 2023, 10h01

VEJA Mercado | Fechamento da semana | 5 a 9 de junho

O governo federal e o país têm razões para comemorar os rumos recentes da economia, com o tão aguardado avanço de uma reforma tributária e resultados animadores do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação. Com sinalizações políticas, lembrando da também recente aprovação do arcabouço fiscal pela Câmara dos Deputados, e dados econômicos concretos, o ambiente de negócios do país tem ganhado força. Não à toa, o Ibovespa bateu sua máxima do ano nesta semana, ultrapassando os 115 mil pontos, patamar que não era atingido desde novembro de 2022. Paralelamente, o dólar operou em baixa, perdendo força frente ao real e se aproximando da cotação de 4,90 reais.

Para o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, a inflação é destaque, visto que se trata precisamente da condição para que a taxa básica de juros seja reduzida pelo Banco Central de Roberto Campos Neto. No mês de maio, os preços avançaram 0,23% contra expectativa de 0,33% por parte do mercado. Chamou a atenção o número para os preços dos alimentos, cuja inflação desacelerou substancialmente de 0,73% para 0,16% em um mês. No acumulado dos últimos 12 meses, o IPCA é de 3,94%, dentro da meta do BC. É estimado que os primeiros cortes na taxa Selic, hoje em 13,75% ao ano, podem vir a partir de agosto. Com essa conjuntura, os bancos JP Morgan e Credit Suisse antecipam perspectivas otimistas para o mercado de ações brasileiro.

Por mais que o governo acumule ruídos, a exemplo do descompasso entre a política de barateamento de automóveis anunciada pelo vice-presidente Geraldo Alckmin e a versão final elaborada junto de Fernando Haddad, ministro da Fazenda, o avanço da reforma tributária pode se tornar um grande ativo para a credibilidade da atual gestão. O grupo de trabalho da Câmara que trata da reforma enfim apresentou seu relatório, na última terça-feira, 6, oficializando as diretrizes que o Projeto de Emenda à Constituição (PEC) deve seguir. O relatório aponta para a unificação de uma série de impostos federais, estaduais e municipais sob uma única legislação, de um Imposto sobre Valor Agregado (IVA). Esse será recolhido em duas instâncias, nacional e subnacional (juntando estados e municípios).

Por mais que a reforma, discutida há décadas, ainda exija maior consenso entre a sociedade, especialistas e atores do mercado a observam com bons olhos, uma vez que seria um divisor de águas no enfrentamento ao caos tributário brasileiro. Ainda em junho, o relator do projeto e aliado do presidente Arthur Lira (PP-AL), o deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), apresentará o texto que de fato será votado pelos parlamentares.

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Para ficar no radar dos investidores, os membros do Federal Reserve (Fed), o banco central americano, se reúnem na próxima semana para deliberar sobre o rumo monetário dos Estados Unidos. Após um aumento do desemprego abaixo do esperado no país, consolida-se a expectativa do mercado pela manutenção da taxa de juros local no intervalo entre 5% e 5,25%. Vale ressaltar que, quanto maiores os juros americanos, menor tende a ser o apetite ao risco de investidores pelo mercado de ações, inclusive no Brasil.

Além da conjuntura americana, o efeito de um corte na produção de barris de petróleo da Arábia Saudita também é motivo de atenção. No início da semana, o país anunciou que produziria 1 milhão de barris a menos por dia na expectativa de elevar a cotação da commodity. O fato ganha relevância especial no Brasil, visto que o governo federal pretende voltar a cobrar integralmente os impostos federais sobre combustíveis a partir de 1o de julho.

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