Por que mercado aposta em queda da inflação mais rápida que o previsto
VEJA Mercado: banco suíço trabalha com normalização dos preços das commodities
O banco suíço UBS acredita que o processo de ‘desinflação’ da economia global deve acontecer de forma mais acelerada do que o previsto inicialmente pelo mercado. Em outras palavras, a aposta é de que a inflação vai cair mais rapidamente. Os economistas do banco avaliam que o ritmo de alta da inflação surpreendeu em 2022, assim como sua estagnação em patamares elevados, mas que seu consequente declínio deve surpreender positivamente a sociedade. A leitura se baseia na tese de que os preços das commodities estão retomando os patamares pré-guerra na Ucrânia e diminuindo os preços de energia, que foram os grandes vilões da inflação em 2022.
“Os gargalos de abastecimento diminuíram totalmente, os preços dos principais produtos estão caindo, os preços do petróleo e do gás natural tiveram um desempenho inferior aos de seus futuros e os arrendamentos de aluguel estão sendo negociados a taxas muito mais baixas”, avalia o banco. “Nossos medidores em tempo real também mostram que o mercado de trabalho está mais fraco do que sugerem as folhas de pagamento ou as vagas”, concluem os economistas. A previsão do UBS é que a inflação nos Estados Unidos encerre o ano a 2,2%. No Brasil, o último Boletim Focus prevê que o IPCA termine o ano a 5,39%, ainda acima da meta estipulada pelo Banco Central.