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Os desafios e temores para 2023 no mercado

Escalação de ministros e posse de Lula trará novas estratégias para lidar com problemas estruturais

Por Felipe Erlich 31 dez 2022, 11h18

VEJA Mercado | Fechamento da semana | 26/12 a 30/12

Em meio à calmaria do hiato entre Natal e Ano Novo, a última semana do ano encerrou mais um ciclo da história política e econômica do país. O governo eleito de Luiz Inácio Lula da Silva fechou a escalação do primeiro escalão do Executivo federal, oficializando nomes mais ao centro na composição. Antes com maior predominância de quadros petistas, os ministérios que passarão a atuar em primeiro de janeiro agora contemplam com expressividade partidos como União Brasil, PSD e MDB. Este último terá Simone Tebet como sua principal representante na Esplanada, comandando a pasta do Planejamento e Orçamento. Apesar do perfil político e não técnico, a senadora traz bons sentimentos a agentes do mercado, devido a seu perfil mais liberal.

No dia seguinte ao anúncio de Tebet como principal colega de Fernando Haddad, futuro ministro da Fazenda, mais três nomes com influência econômica foram oficializados. Tratam-se de presidentes de grandes estatais: Banco do Brasil (BB), Caixa Econômica Federal e Petrobras. As duas primeiras serão comandadas por servidoras públicas de carreira, Tarciana Medeiros no BB e Rita Serrano na Caixa. Já a última ficou como indicação política para o senador Jean Paul Prates (PT-RN), como já era especulado. Vale lembrar que outra estatal de grande porte, o BNDES, também sofreu uma indicação política neste mês, com a escalação de Aloisio Mercadante. Com a bolsa em recesso na última sexta-feira, dia da oficialização de Prates, os papéis da petrolífera não puderam reagir. De todo modo, a semana não foi de perdas para o Ibovespa, com alta de 2%.

Também sobre os fatores que irão influenciar o ano que está por vir, maus presságios tem rondado o mercado. Na quarta-feira, 28, o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) apontou para o terceiro mês consecutivo de desaceleração na geração de empregos no país. Segundo estimativas da Genial Investimentos, o ano deve acabar com a taxa de desemprego em 7,8% e chegará a 9,6% em 2023. Além disso, o Boletim Focus previu que o IPCA de 2023 será de 5,23%, acima da meta, e os juros permanecerão elevados, em 12%. A expectativa é de um cenário mais que desafiador para o terceiro mandato de Lula, que pode inclusive ter de lidar com um aumento substancial no preço dos combustíveis rapidamente, a depender da prorrogação ou não dos subsídios em vigor. Ainda não há consenso dentro do PT sobre a questão, que pode acarretar em 0,69 reais de aumento nos preços por litro de gasolina.

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Não há outra questão de maior destaque para ficar no radar dos investidores que não os movimentos do governo prestes a assumir. Após um ano duro para o mercado financeiro, marcado pela eclosão de uma guerra e a intensificação de crises comerciais, acompanhadas pela alta da inflação e dos juros, uma guinada expressiva da política econômica está por vir no Brasil. O contexto fiscal, inflacionário e monetário são delicados. Com um dia para o início de um novo ciclo no país, resta apenas desejar que os futuros governantes usem da razão para que o país possa navegar seguramente pelo que está por vir.

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