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Indefinição persistente sobre PEC irrita o mercado por mais uma semana

A dificuldade na articulação da PEC do Bolsa Família, com má recepção pelo mercado, e os balanços das empresas brasileiras são destaques nos últimos dias

Por Felipe Erlich Atualizado em 4 jun 2024, 11h11 - Publicado em 26 nov 2022, 08h36

Veja Mercado | Fechamento da semana | 21/11 a 25/11

Uma das palavras que mais pairou na cabeça dos investidores na última semana foi incerteza. A falta de clareza do desenho das políticas públicas e a ausência de um nome para o comando do Ministério da Fazenda no próximo governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) corroeram ativos e geraram angústia na bolsa de valores brasileira. Frustrando as expectativas, o texto da PEC da Transição (apelidada por petistas de “PEC do Bolsa Família” e por opositores de “PEC do Estouro”) permaneceu apenas no “mundo das ideias”, o que fez prolongar o sentimento de incerteza fiscal, culminando em um discurso evasivo daquele que, hoje, é o principal cotado para ser o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em encontro com banqueiros na sexta-feira, 25.

A demora no andamento da PEC é marcada pela falta de consenso entre os parlamentares. No início da semana, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), disse que a proposta de remover o Bolsa Família do teto de gastos permanentemente não deve encontrar respaldo no Congresso. Em meio às discussões, o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) defendeu que o período de desembolso extratexto dure pelos próximos quatro anos. Seus colegas na Casa, Alessandro Vieira (PSDB-SE) e Tasso Jereissati (PSDB-CE), no entanto, apresentaram propostas alternativas, com período e custos inferiores ao projeto engendrado pelo governo eleito. Na esteira desses acontecimentos, a deputada federal Gleisi Hoffmann, que preside o PT, admitiu a possibilidade de partir para uma Medida Provisória em eventual malogro da proposta do partido no Congresso.

Em uma primeira tentativa de aparar as arestas com o mercado, Haddad fez acenos importantes junto a banqueiros, mas não encantou. A avaliação foi de que o ex-ministro da Educação pecou por omissão ao passar batido pelo entrevero em torno do orçamento público. “Foi um discurso morno e que pegou mal no mercado”, avalia Gustavo Bertotti, estrategista-chefe da Messem Investimentos. “O ano de 2023 bate à porta e não se tem definição alguma de equipe ministerial e de orçamento, elementos vitais para a estabilidade do mercado”. No dia da reunião com os banqueiros, o Ibovespa despencou 2,5%, mas ficou estável no acumulado da semana, que foi marcada pelo baixo volume de negócios na B3 com a estreia da seleção brasileira na Copa do Mundo e feriado nos Estados Unidos.

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Mas nem tudo foi motivo de angústia para os investidores nos últimos dias. Uma análise da Refinitiv sobre os últimos balanços das empresas listadas no Ibovespa apontou que as companhias têm, em geral, superado expectativas. A maioria (51%) das companhias apresentaram lucro acima do esperado por analistas no trimestre. Uma minoria de 40% apresentou balanços abaixo do esperado, enquanto 9% ficaram dentro das previsões. Os setores com os melhores resultados foram o agronegócio, alimentação, saneamento e transportes. Quem mais decepcionou foi o setor financeiro.

No cenário internacional, o recrudescimento da pandemia de Covid-19 na China e as expectativas quanto aos juros americanos ditaram o tom dos mercados. Há cerca de uma semana, a capital do país asiático registrou a primeira morte pela enfermidade em seis meses, num momento em que a China ensaiava um relaxamento de suas restrições sanitárias. A cidade de Zhengzhou, local da maior fábrica de iPhones do mundo, decretou lockdown devido ao aumento de casos. Já nos Estados Unidos, há espaço para otimismo. A ata da última reunião do banco central americano indicou a possibilidade de redução no ritmo de elevação dos juros no país em dezembro, trazendo algum alívio ao mercado.

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