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Governo patina até alinhamento em primeira semana pautando a bolsa

Ibovespa desce e sobe na primeira semana de Lula presidente, puxado por falas de autoridades e destacando a Petrobras

Por Felipe Erlich 7 jan 2023, 11h15

VEJA Mercado | Fechamento da semana | 02/01 a 06/01

A primeira semana do terceiro mandato de Luiz Inácio Lula da Silva à frente da Presidência da República foi de altos e baixos para o mercado financeiro. Mais precisamente, de forte baixa, com derretimento do Ibovespa especialmente na segunda-feira 2, seguida de uma recuperação acentuada, mesmo que parcial. O índice apresentou um saldo negativo de cerca de 1% na semana, em oposição aos 2% de alta da semana anterior à posse do petista. O dólar também operou em cenário de altos e baixos no período, mas conseguiu recuperar totalmente as perdas do início da semana, cotado a 5,24 reais ao final da última sexta-feira, 6. O gráfico em “U” que se observa nos indicadores, com forte perda seguida de ganho, se deve principalmente às sinalizações vindas de Brasília nesses dias.

Ao tomar posse como presidente da República, Lula deu sinais mal recebidos pelos agentes privados, afirmando, por exemplo, que o teto de gastos seria uma “estupidez”. Pouco depois, o petista gerou outro atrito ao retirar a Petrobras da lista de empresas a serem privatizadas – algo mais que esperado. Na esteira da chegada do novo governo, a bolsa amargurou grandes perdas, despencando mais de 3% apenas na segunda-feira, 2. Ocorrido nesse mesmo dia, o discurso de posse de Fernando Haddad como ministro da Fazenda não foi capaz de conter a tendência, apesar de ter sido bem recebido pelos bancos. “É uma fala que traz segurança por parte do ministro”, disse o presidente da Febraban ao Radar Econômico.

Outras posses que se destacaram para o mercado nesta semana foram as de Geraldo Alckmin, na Indústria e Comércio, e Simone Tebet, no Planejamento e Orçamento — essas com efeito mais positivo. Destacando a experiência de Alckmin e sua defesa da reforma tributária, o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Andrade, exaltou a escolha do ex-tucano para a pasta. Já Simone Tebet se destacou ao defender a responsabilidade fiscal. “O cobertor é curto, não temos margem para desperdício e erros”, disse.

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Um dos principais fatores para a mudança na direção em que a bolsa operava nesta semana foi a Petrobras. A estatal colheu algumas das maiores perdas, afundando 3,5% no acumulado de segunda e terça-feira. Entretanto, os papéis da petrolífera fecharam a semana com ganho acumulado de quase 1% devido a movimentações políticas. Após a derrocada das ações, o futuro presidente da companhia, Jean Paul Prates (PT), disse à agência de notícias Bloomberg que os preços dos combustíveis não serão tabelados e permanecerão em linha com padrões internacionais, apesar o eminente fim do PPI (Preço de Paridade de Importação). A fala depois de dias tensos para os acionistas soou como música em seus ouvidos, trazendo alguma segurança. Descartada por Prates, a ideia de intervir diretamente nos preços havia sido criticada pelo general Silva e Luna, ex-presidente da Petrobras, em entrevista à coluna.

Pouco antes da sinalização que trouxe alívio a quem investe na Petrobras, outra mensagem positiva do governo federal tomou o noticiário. Uma declaração infeliz do ministro da Previdência Social, Carlos Lupi (PDT), chamando a última reforma da previdência de “antirreforma” e propondo sua revisão, foi diretamente corrigida pelo ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa (PT). Falando em nome de Lula, Costa afirmou que nenhuma proposta dessa natureza está em análise e, para tanto, precisaria passar pela Casa Civil e pela Presidência. Não por isso, mas aproveitando o ocorrido, Lula realizou sua primeira reunião ministerial na última sexta-feira, 6, a fim de alinhar as expectativas do governo e traçar seus planos.

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