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Bolsa recua 2,3% na semana derrubada por juros americanos; dólar sobe

Decisão do Fed abalou o mercado, que também segue de olho nas perspectivas para as contas públicas — agora com novos dados

Por Felipe Erlich Atualizado em 25 set 2023, 18h11 - Publicado em 23 set 2023, 11h01

VEJA Mercado | Fechamento da semana | 18 a 22 de setembro

Referência para o mercado financeiro brasileiro, o índice Ibovespa fechou a semana no vermelho, acumulando queda de 2,3% no período. A derrocada da bolsa ocorre à luz de sinalizações do Federal Reserve (Fed), o banco central americano, que se mostrou mais duro do que o esperado na quarta-feira, 20. A autoridade monetária manteve sua taxa de juros entre 5,25% e 5,5%, como era esperado por analistas, mas indicou que os percentuais podem voltar a subir ainda neste ano e indicou mais pessimismo para 2024. Com juros mais elevados nos Estados Unidos, os produtos de renda fixa do país ficam mais atrativos e, em consequência, capital alocado em bolsas pelo mundo flui para a nação americana. Não à toa, o dia que seguiu a decisão do Fed, quando o Ibovespa caiu 2,17%, também representou uma forte alta no dólar. Na ocasião, a moeda americana saltou de 4,88 reais para 4,94 reais. No acumulado da semana, a valorização foi de 1,3%, de 4,87 reais para 4,93 reais.

No cenário doméstico, a economia brasileira registrou um marco de grande relevância na semana, a continuidade da política de afrouxamento monetário promovida pelo Banco Central (BC). Horas após a liberação do Fed, nos EUA, o banco central brasileiro reduziu a taxa básica de juros, a Selic, em 0,5 ponto percentual. Trata-se do segundo corte do tipo consecutivo, trazendo a Selic ao patamar de 12,75%. O movimento era esperado pelo mercado. Em seu comunicado, o BC sinalizou que deve seguir com o ritmo de cortes adotado até então — nem mais, nem menos. “Cogitar corte maior nos juros é erro de política monetária”, diz Affonso Celso Pastore, ex-presidente do Banco Central, ao programa VEJA Mercado em vídeo. O Ministério da Fazenda, na figura do secretário-executivo Dario Durigan, elogiou o fato da decisão do BC pelo corte de juros ter sido unânime entre seus diretores — diferente do que ocorreu no corte passado, quando quatro dos nove diretores foram contrários à guinada.

Na política fiscal, um dado preocupante para o governo foi divulgado pela Receita Federal na última quinta-feira, 21. A arrecadação da União caiu 4,1% no mês de agosto, frente ao mesmo período de 2022. O valor total no mês foi de 172,78 bilhões de reais. Trata-se do terceiro mês consecutivo com registro de queda na receita e, no acumulado de janeiro a agosto, é constatada uma diminuição de 0,83% em relação ao ano anterior. A tendência vai na contramão do almejado pelo governo federal, cuja principal meta é elevar o dinheiro que entra a fim de equilibrar suas contas já em 2024. Segundo o próprio governo, cerca de 168 bilhões de reais em recursos extras terão que ser arrecadados para cumprir a meta do déficit zero no ano que vem. Em entrevista ao VEJA Mercado em vídeo, a economista-chefe do banco Santander, Ana Paula Vescovi, disse que zerar o déficit no ano que vem é improvável, mas uma mudança na meta aumentaria incertezas no mercado financeiro.

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