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Bolsa fecha mais uma semana no vermelho com piora da situação da Vale

Desvalorização de minério faz ações derreterem enquanto governo quer pôr a mão na empresa

Por Felipe Erlich 16 mar 2024, 10h18

VEJA Mercado | Fechamento da semana | 11 a 15 de março

A bolsa brasileira segue vivendo tempos difíceis em 2024. O Ibovespa, principal índice do mercado, fechou mais uma semana no vermelho, em queda de 0,26% no acumulado dos pregões. Desde o início do ano, a baixa é de 4,5%. O desempenho da mineradora Vale, segunda empresa com mais peso no índice, foi um duro golpe, já que as ações registraram baixa de 3,6% na semana. A guinada negativa envolve o tumultuado processo de sucessão da presidência da empresa, mas principalmente a cotação do minério de ferro, que está na maior baixa em sete meses no exterior. Na manhã de sexta-feira, 15, a commodity foi cotada abaixo de 110 dólares na China — importador estratégico do produto — um recuo de 3%. Os papéis não resistiram e bateram 22,44% de desvalorização em 2024, sendo que o ano não tem nem três meses completos.

A Vale hoje é um dos focos da ingerência do governo federal em empresas das quais ele não é dono. A tentativa de emplacar um nome aliado, como o do ex-ministro Guido Mantega, na presidência da empresa ocasionou na renúncia de um de seus conselheiros independentes, José Luciano Penido, na terça-feira, 12. Em carta, Penido apontou para uma “nefasta influência política” no processo sucessório da mineradora. “No conselho se formou uma maioria cimentada por interesses específicos de alguns acionistas lá representados, por alguns com agendas bastante pessoais e por outros com evidentes conflitos de interesse”, escreveu. Para o ex-conselheiro, o contexto compromete a governança na empresa, que está sob holofotes nas últimas semanas.

Também nesta semana, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou que a inflação de fevereiro ficou em 0,83%, acima da expectativa do mercado. A surpresa, no entanto, não foi suficiente para alterar o que se espera da próxima decisão do Comitê de Política Monetária (Copom), na próxima quarta-feira, 20. A aposta ainda é por um corte de 0,5 ponto percentual na taxa-básica de juros, a Selic. Notícia semelhante veio dos Estados Unidos nos últimos dias. A inflação por lá ficou em 0,4% em fevereiro, acima do previsto, segundo o Departamento de Estatísticas do Trabalho. A aposta do mercado também segue inalterada: uma manutenção da taxa de juros pelo Federal Reserve também na quarta-feira, a chamada super-quarta, quando as autoridades monetárias brasileira e americana deliberam no mesmo dia.

A agenda de Brasília para a próxima semana pode ser marcada pelo envio de um novo projeto pontual sobre o Imposto de Renda (IR), segundo o secretário extraordinário da Fazenda para a reforma tributária, Bernard Appy. Após o Radar Econômico mostrar que o governo federal não enviará uma reforma substanciosa do IR na próxima semana, como era especulado, Appy utilizou uma fala em evento em São Paulo, na sexta-feira, 15, para explicar que pode haver alguma novidade. “Pode ser que tenha um projeto a ser enviado na terça, mas não deve ter um grande projeto”, disse. A avaliação da Fazenda é de que a reforma da tributação da renda e da folha de pagamentos é um processo, algo feito paulatinamente, e portanto não há um grande pacote de medidas à vista até o momento.

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