A explosão do Risco Brasil e o declínio da bolsa a três meses das eleições
VEJA Mercado: semana foi de tensão no mercado brasileiro

VEJA Mercado em vídeo | Fechamento | 15 de julho.
É tiro para todos os lados: recessão, risco fiscal, juros, inflação e pandemia na China. O Ibovespa teve mais uma semana para se esquecer, amargando uma queda de 3,72% nos últimos sete dias, aos 96.550 pontos, um dos menores níveis em quase dois anos. O dólar subiu 2,6% na semana, a 5,40 reais, mas chegou a bater a marca de 5,44 reais na última quarta-feira, 13. Para piorar, o Risco Brasil, índice que mede o temor dos investidores de colocar dinheiro no país, explodiu para 320 pontos, o maior patamar desde maio de 2020 e superior ao registrado durante as eleições de 2018, e olha que o mercado nem está olhando direito para a corrida presidencial ainda.
O nervosismo tem sido provocado pelo risco cada vez maior de uma recessão global, pelo risco fiscal aumentado em função da PEC das Bondades, pela inflação que tende a não ceder e faz os bancos centrais elevarem os juros, e também pela economia chinesa, que não dá sinais de forte recuperação, e fez as ações da Vale desabarem para o menor nível do ano. A partir de agora, o mercado começa a voltar seus olhos para os balanços corporativos do segundo trimestre do ano, que podem refletir o cenário macroeconômico instável do país.
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