Fiocruz garante que vacina de Oxford é eficaz para idosos
Órgão respondeu questões feitas pelo Ministério Público em meio a dúvidas sobre eficácia para pessoas com mais de 65 anos
No fim desta sexta-feira, 29, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) enviou um ofício respondendo ao Ministério Público Federal as questões relativas a eficácia da vacina de Oxford sobre população idosa. Segundo a Fiocruz, a vacina contra a Covid-19, desenvolvida em parceria com a AstraZeneca, é eficaz para pessoas com mais de 65 anos. Contudo, os números que comprovariam a eficácia só serão divulgados futuramente, segundo a Fundação.
“Os relatos que apontam que a eficácia da vacina AstraZeneca / Oxford é baixa em adultos com mais de 65 anos não são reflexos precisos da totalidade dos dados ou dados mais recentes avaliados. As análises mais recentes suportam a eficácia nesta faixa etária, que esperamos ser publicada (sic) nos próximos dias. Esses dados foram submetidos à Anvisa como parte do processo de submissão contínua e quaisquer dados de atualização serão apresentados assim que estiverem disponíveis”, respondeu a Fundação. “A publicação mais recente do Lancet demonstrou que os idosos mostraram fortes respostas imunológicas equivalentes a adultos jovens frente ao uso da vacina, com 100% do público alvo gerando anticorpos específicos após a segunda dose.”
Autoridades alemãs avisaram, na quinta-feira, 28, que devem recomendar que a vacina de Oxford, desenvolvida em parceria com a Fiocruz e a AstraZeneca, não seja usada para imunizar pessoas com mais de 65 anos contra a Covid-19. “Não há dados disponíveis atualmente para determinar a eficácia da vacinação acima de 65 anos”, disse em nota a Standing Vaccine Commission, do Instituto Robert Koch, principal agência de saúde pública da Alemanha. A União Europeia, por outro lado, liberou o uso sem restrição de idade, na sexta, 29. O desencontro da avaliação de agências europeias levou o Ministério Público Federal a questionar a Fiocruz sobre os dados. “Solicito informações precisas dessa fundação no que se refere à sua eficácia para os idosos”, escreveu a subprocuradora-geral da República Célia Regina Souza Delgado. A resposta, como pode ser lida logo acima, não foi das mais completas.
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