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Pesquisadores desenvolvem célula solar mais eficiente

Em estudo publicado na 'Science', cientistas sul-coreanos relatam a criação de um material com mais de 20% de eficiência em transformar energia solar em elétrica

Por Da Redação
21 Maio 2015, 17h18

Apesar de toda a atenção que se dá ao debate sobre mudanças climáticas, um número pode parecer desanimador: hoje, 80% da energia consumida no mundo vem de fontes fósseis, como petróleo e carvão. Segundo estimativas, porém, as energias renováveis representarão 40% do consumo até 2030 e 90% até 2060. Só que, para que se atinja essas metas, algumas evoluções tecnológicas precisam ser realizadas. Uma delas é a melhora da eficiência dos painéis solares, que ainda representam apenas 0,7% do total de energia renovável consumida no planeta.

Está aí a importância do estudo divulgado nesta quinta-feira na revista americana Science, em que pesquisadores coreanos revelaram uma nova maneira para desenvolver células solares que conseguem converter 20% da energia solar em elétrica. Para efeitos de comparação, a taxa usual do mercado é hoje de 15%.

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As placas solares mais comuns são aquelas que têm a sua camada que recebe a luz solar constituída por compostos do mineral perovskita. O passo a mais dado pelos pesquisadores sul-coreanos foi sintetizar iodeto de chumbo formanimídio para a captação de radiação solar. Esse composto químico tem maior espectro de absorção solar, o que quer dizer que consegue captar mais energia do Sol, melhorando o desempenho das células das placas.

Além da eficiência energética, um outro empecilho para a popularização da energia solar é o alto valor e a limitada capacidade de armazenamento das baterias utilizadas na captação. Isso porque, sem esse dispositivo, as casas equipadas com os painéis ainda dependem da rede pública de energia para períodos sem Sol, como as noites. Como mostrou matéria publicada em VEJA, pesquisadores estimam que a capacidade das baterias de íon-lítio, aquela presente em smartphones e carros elétricos, e que poderia conservar a energia fornecida pelos painéis, só poderá ser aprimorada em 30%, o que deve acontecer nos próximos cinco anos. Tal porcentagem precisa ser superada se a humanidade quiser seguir o conselho de conservacionistas de substituir todas as fontes poluidoras pelas renováveis até o fim deste século.

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Esta notícia pode ser um pouco desanimadora, mas há, claro, espaço para inovação e desenvolvimento. Um dos maiores exemplos desta constatação é o empresário americano Elon Musk, que anunciou mês passado o início das vendas avulsas das eficientes (e baratas) baterias que ocupam os carros vendidos pela sua Tesla, a fabricante de carros elétricos.

E mesmo quando o limite da íon-lítio for alcançado, outras possibilidades devem aparecer. Há pesquisadores investigando opções de materiais com eficiência muito maior, como baterias feitas de grafeno, magnésio ou mesmo oxigênio.

(Da redação)

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