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Os dinos estão entre nós – na forma de aves

Por Da Redação
18 dez 2009, 20h25

Os dinossauros foram extintos há 65 milhões de anos, mas as descobertas de seus fósseis reafirmam a tese de que, por caprichos da evolução, eles continuam presentes entre nós na forma de seus descendentes – as aves. Um estudo divulgado na semana passada sobre o fóssil de uma espécie de dinossauro até hoje desconhecida, o Tawa hallae, desencavado em 2006 no estado americano do Novo México, comprova essa tese. Com 213 milhões de anos, o Tawa hallae é um dos mais antigos fósseis de dinossauro já descobertos. A prova de seu parentesco com as aves são os ossos ocos, que tornam o esqueleto mais leve e facilitam o voo, além do pescoço alongado em forma de S. A ideia de que os dinossauros e as aves modernas têm um ancestral comum foi proposta pelo biólogo inglês Thomas Huxley em 1868 e, desde então, tornou-se foco permanente de debate entre os cientistas. Para chegar a essa conclusão, Huxley analisou um fóssil de ave, encontrado em 1861 na Alemanha, que tinha características comuns com os dinossauros, o Archaeop-teryx. A cauda longa e ossuda, os dentes e as garras aproximavam-no dos dinossauros, enquanto as penas e a presença de fúrcula (o osso da sorte) remetiam a características das aves modernas. O Archaeop-teryx viveu há aproximadamente 140 milhões de anos.

A teoria de Huxley se ampara na teoria da evolução de Darwin, segundo a qual as espécies sofrem mutações aleatórias que, eventualmente, podem originar novas espécies. Os arcossauros, grandes répteis quadrúpedes que surgiram no começo da Era Mesozoica, há 250 milhões de anos, teriam se diversificado, originando novas linhagens. Uma delas resultou nos crocodilos e jacarés. Outra linhagem deu origem aos dinossauros e, entre eles, os terópodes, o grupo que estaria na ascendência das aves. As penas são ótimos indicadores do parentesco entre os dinossauros e as aves. Em ambas as espécies, as penas assimétricas são as que possibilitam o voo e as simétricas, as que cobrem somente o corpo. Acredita-se que, nos dinossauros, as penas serviam primeiramente para exibições em disputas territoriais e rituais de acasalamento. Além disso, atuavam como abrigos térmicos – uma adaptação evolutiva para conservar o calor do corpo. Só posteriormente os dinossauros passaram a usar as penas para voar. Em 2002, foi descoberto na China o Microraptor, o primeiro dinossauro que apresentava evidências de que a espécie era capaz de voar. Tinha penas assimétricas e quatro asas, mas supõe-se que ele voava planando. “Enquanto as penas das patas dianteiras do Microraptor foram crescendo com a evolução, as das patas traseiras foram se reduzindo até desaparecer”, diz o paleontólogo Max Langer, da Universidade de São Paulo.

Os cientistas já comprovaram também afinidades de comportamento entre dinossauros e aves, como o instinto para cuidar dos filhotes e se organizar socialmente para chocar os ovos. Em 1995, no Deserto de Gobi, na Mongólia, cientistas americanos acharam o fóssil de um Oviraptor de 80 milhões de anos. Suas pernas estavam dobradas atrás do corpo e seus braços envolviam os ovos. Os pesquisadores acreditam que o animal tenha sido morto repentinamente por uma tempestade de areia e que seu gesto era uma tentativa de proteger os ovos. No fim de 1998, na Patagônia, foram encontrados fósseis de milhares de ovos de dinossauro espalhados por diferentes profundidades em uma área de 1 quilômetro quadrado. Supõe-se que todo ano eles se reuniam na mesma localidade para desovar.

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